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sexta-feira, janeiro 01, 2010

O AMOR DOS KALUANDAS AOS BICHOS DE ESTIMAÇÃO


Considero-me dum tempo em que o cão ainda era o amigo fiel do homem e o apreço deste pelo seu bicho era de extrema grandeza. Tão nobre era a relação que ao perder o cão o homem sentia algum vazio e muitos chegavam mesmo a realizar funerais aproximados aos com que se brindam os humanos. Os cães eram realmente bichos de estimação usados na guarda de casa, na caça, nos serviços policiais, etc..

A par do apreço do homem/dono havia os serviços camarários que recolhiam os "imbua se ngana ie"* sempre que encontrados a vadiar ou mortos na estrada pública para que não infestassem o ambiente de podridão e não afectassem a saúde pública... E hoje?

_ Assisto, com nostalgia dos tempos que já lá se foram, ao degradar desta relação cão/homem e homem/cão. Mais por culpa dos racionais do que dos canídeos. Vezes sem conta aqueles que cuidam de nossos bens patrimoniais são jogados fora de casa porque estão acometidos de alguma moléstia ou lhes pesa a idade e fraqueja a tenacidade no latir. Outras vezes são até mortos pelo próprio dono... E quando atropelados por imprudentes automobilistas nunca se lhes é dada a dignidade que merece um verdadeiro bicho de estimação.

Quanto aos serviços camarários que deviam recolher os cães sem dono, mortos ou vivos, estes deixaram de existir. Se existem deixaram de cumprir com o seu ascéptico papel. Que fazer?
_ Falta amor... É preciso cultivar o amor em 2010. "Quem mata cão não tem coração"!

*cão sem dono

2 comentários:

Anónimo disse...

O amor não se vê com os olhos mas com o coração.

"William Shakespeare"
Quando se fala de Amor, não só entre Homem/Mulher. Amor é tudo. Animais, plantas, rios, mares, montanhas, florestas..... Tudo é OBRA DE N`ZAMBE!
Um Beijo meu Filho
São sabugueiro

http://abebedorespgondufo.blogs.sapo.pt/ disse...

Feliz Ano Noovo 2010.
Portugal