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sexta-feira, agosto 19, 2005

Nos anos da Mana só uma cor...a amizade


Nos anos da Mana* só uma cor. Amigos sem pele, sem protagonismos escondidos em gravatas ou sexo. Amigos sem idade, sem terra, sem arrogâncias dos gabinetes e sem dicionários a desfilar sabedoria. Amigos só.

Valeram os anos da Mana, uma tchoko-indo-luso-angolana ( que origem!) que juntou libolenses, luandenses, lisboetas, santomenses e gente doutras "enses" em grito único e cordial.

Nos anos da Mana, não se fez refrão doutra estrofe que não fosse a amizade. Até Cuecas e Boxers cantaram.

E foi em nome dessa amizade que políticos inabraçáveis num passado de memória fresca ajudaram a Mana a apagar as velas em amena cavaqueira. Sorrisos e abraços só...

Todos sem óculos disfarçantes dançaram em pista multi-estilos, representando outros amigos tocados pelo critério da representatividade. Juntando areias em montes ou moendo farinha, espalhando mobília ou tocados pelo frio de nunca terem aprendido sequer um toquinho todos cada um do seu jeito dançaram pelo menos com a alegrioa de lá ter estado.

Até fugitivos dançaram ao ritmo da amizade nos anos da Mana que irradiou exemplos de ser e de estar numa sociedade onde não se conhece o puro ou o natural.
_Que venham os oitenta e Sempre sem Raça!

*Uma homenagem a Paula Simons a propósito do seu último aniversário.

Soberano Canhanga