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terça-feira, novembro 29, 2011

DE VOLTA À CASA (IMUA-MOISÉS)

Volvidos cinco anos, vi-me, novamente, no templo da Igreja Metodista Unida - Moisés, ao Cazenga.

Não que durante este tempo estivesse errante noutras denominações religiosas ou longe da coabitação com as "ovelhas" metodistas. A trabalhar em Saurimo (Luanda Sul), comecei por frequentar cultos multi-denominacionais que me pareceram fora do que me é habitual. Descobri a igrea local que frequento-a com assiduidade.

Em Luanda, já visitei a Nova Estrela e a nova Icolo e Bengo, porém, estar na Moisés foi diferente. Ver aquelas crianças (jovens de hoje) aqueles jovens do meu tempo (adultos de hoje) e o que resta da "biblioteca" (contam-se apenas o Necas o Bartolomeu e uns poucos no activo).

Foi reconfortante reencontrar velhos amigos da EBF, do coro, da Juventude, da OJA e também dos "frascos". Foi bom reviver a infância e juventude metodista na Moisés.

sexta-feira, novembro 25, 2011

"Polícia de trânsito só passa notificações e não guia de ocorrência"(?)

Dia 24.11.2011
Só quem, por acaso, se vê forçado a ir a uma unidade policial (de Angola) sabe quão doloroso é. Para mim, não foi a primeira vez que "bebo do fel" do despreso, da desatenção e da coação silenciosa para "soltar" algo que mate a sede ou a fome do polícia.

Desta vez, estive numa unidade da polícia de trânsito, devido a um motoqueiro que partiu o STOP da viatura que conduzia. Levados à esquadra, e com a carta de condução e bilhete de identidade no bolso do agente que de imediato tomou conta da ocorrência, fiquei entregue a ninguém das 9 às 14h00 momento a que fui "solto" sem uma guia sequer de que estive naquela unidade, para justificar diante do meu patrão. E, sempre que perguntei sobre a instrução do processo e a responsabilização do infractor a resposta foi: "chefe, não posso trabalhar rápido, ganho pouco e o salário nunca andou".

E como se não bastasse, o motoqueiro não tinha nenhum documento ne termo de residência, tendo o agente de forma despreocupada me ordenado: "como ele não tem documento, nem se conhece a casa dele, vai com ele até á casa dos familiares a fim de se entenderem sobre o pagamento do Stop".

Neguei. "O Senhor está a me dizer para ir sem polícia a casa dum individuo que nem vocês conhecem? E se me baterem?
- Hum, aí vocês já éque sabem, mas não vão te fazer nada!- defendeu-se o agente, sem mais argumentos.
Conclusão: Perdi o dia todo na polícia, nem número do processo me deram., largaram o motoqueiro que apenas viou apreendida a mota na esquadra, não sabendo se já a devolveram a troco de uns tostos.

E eu, cá estou: cansado, vilipendiado e aborrecido comigo mesmo e com a polícia que temos. É que se tivesse levado a motorizada à minha empresa, a situação teria andado. No mínimo tinha como explicar que não fui culpado do acidente... Dá p´ra acreditar neste órgão?

Dia 25.11.2011
Decidi desabafar junto a um amigo que é director Provincial da Polícia Ordem Pública que de imediato orietou que o seu oficial de diligência me levasse à congénere políca de transito e resolvesse o caso.
11H30
Lá fui acompanhado do Insector-Chefe (três estrelas ao ombro e braçal no braço). Postos na polícia, aquilo que parecia ser trivial complicou-se.

Expus o caso ao agente que supostamente está a cuidar do assunto e exemplifiquei que "preciso dum auto-de-ocorrência que ateste que sofri acidente e não provoquei. Preciso de justificar ao meu patrão pela falta e ao dono da viatura, que é da rent-a-car, para que saiba que não tive culpa nos danos provocados á viatura e para que não me apliquem um processo disciplinar.

O Homem (agente de primeira devidamente identificado) rispostou que bastaria eu ligar.
Voltei a reexplicar que "a polícia tem de me dar uma papel que diga que alguém bateu no carro e a polícia está a cuidar do caso"...
O homem enervou-se e meteu-se aos gritos: "como é que vou fazer um documento que aqui nunca se fez? Esse homem é cmplicado... A polícia de transito só passa notificação, se quem errou não é ele que documento lhe vamos passar?... Eu já disse ao homem para ir com o infractor à casa deles para que a se entendesse com a família do motoqueiro"... (imagine que eu, desacompanhado de polícia, fosse à casa do infractor que de imediato se faria passar de vilão à vítima... livre-me Deus).

Tal reacção, assim dita e acompanhada de musculados gestos, irritou o inspector-chefe que com muita diligência procurou por um individuo de patente maior, mas, ledo engano. Um inspector da mesma corporação, quando explicado sobre o sucedido e o que o prejudicado pretendia ainda insinuou que lhes estava a chamar de incompetentes e a complicar-lhes a vida.

Pedi ao inspector-chefe, que me acompanhou, para que nos retirásse-mos, assumindo a minha falta perante o patrão e a culpa perante o dono do carro, já que a polícia de trânsito não tem competência para passar uma informação ao meu empregador, nem ao dono do carro.

Agradeci ao oficial de diligência e ao meu amigo Superintendente (DPOP) e estou aqui, mais frustrado do que ontem.

- Dá p´ra acreditar neste órgão?

terça-feira, novembro 22, 2011

DIA DO EDUCADOR SEM A CHAMA DOUTROS TEMPOS

Em 1978, Agostinho Neto, na fábrica de tecidos textang II, fez a abertura da campanha nacional generalizada de alfabetização.

De lá para cá... melhor, de lá para os idos anos noventa do séc. XX, a data ficou nacionalmente conhecida como o dia do educador. 

Nas escolas do ensino primário, sobretudo, era comemorada com pompa. Dava-se o devido valor ao educador escolar. Hoje a coisa mudou. Do professor só se fala em dois momentos: quando das matrúculas e no fim do ano lectivo, época das provas finais.

O professor deixou de ser "combatente da linha de frente". 

sábado, novembro 19, 2011

PRECISA-SE MÃO SOLIDÁRIA PARA PUBLICAÇÃO DE "MANONGO-NONGO"

Para a publicação de CONTOS INFANTO-JUVENIS escritos para eferta às crianças do LESTE DE ANGOLA que nada/pouco têm para ler, além do manual escolar.

LEMBRE-SE: "Um livro é tão útil a uma criança quanto um copo de leite (SIC- Gabriela Antunes).


Quem se rever na causa pode ligar para  929404815 e falar com o autor deste blog.

terça-feira, novembro 15, 2011

BENTO BENTO CUMPRE PROFECIA?

INÍCIO DE MORTE ANUNCIADA OU MARCHA TRIUNFAL RUMO AO PALÁCIO DA CIDADE ALTA?
NOMEADO GOVERNADOR D´"O CEMITÉRIO DE QUADROS", SEGUNDO O PRÓPRIO.

Lembro-me que, a pouco menos de um ano, o novel timoneiro de Luanda fora questionado sobre o que achava da governação da província que acolhe os órgãos centrais de soberania e, Bento Bento, dizia que achava "Luanda um cemitério de quadros" por acolher probemas muito complexos de nível nacional e provincial.
 
O recém-nomeado governador da província que acolhe a cidade capital de Angola dizia mesmo que nunca
anseiaria  o Palácio da Mutamba por se constituir num "matadouro" de quadros políticos e técnicos.
 
Por mais paradoxal que pareça, Bento Bento, o nosso grande "agitador e congregador de massas"  acabou por "morder a isca" tão logo recebeu a piscadela de olho.
 
Estará Bento Bento pronto para "morrer" políticamente ou a sua fidelidade ao chefe é tão canina que se tornava impossível recusar o aceno?
 
Conhecendo a efemeridade dos titulares do Governo Provincial de Luanda, aguardemos pelo que o nosso "Buldozer" fará à frente da província mais problemática do país e por quanto tempo se aguentará no leme.
 
Boa sorte Camarada Bento Bento!

quarta-feira, novembro 09, 2011

COMO MINHA AVÓ CURAVA O SOLUÇO

O Empirismo é entendido nos circulos cientificos como a aprendizagem ppor via da experiência. Esta definição está muito longe do senso comum que atribui ao empirista o improvisador/charlatão.

Dizem ainda os entendidos na matéria que o conhecimento estruturado ou elaborado e comprovado(científico) emana do empirismo. 

Essa introdução vem a propósito de como minha avó curava as nossas crises de soluços.
> Moxi, yali, tatu, kwana, tano, samano, sambewa, nake, iva, Kwí: Kwata Ximba, namena mbokoto.
Avó (Lulu) pedia-nos que bebéssemos água aos goles, contando de um a dez, seguido da expressão "kwata ximba, namena mbokoto". E o soluço desaparecia!

quarta-feira, novembro 02, 2011

FINADOS QUE ME INSPIRAM

 Nunca parei, em dia como hoje, para reflectir sobre aqueles que já se foram, mas que de forma directa ou indirecta contribuiram e contribuem para a formação e refinamento da minha personalidade.

5- Vemba Pedro Menezes (Kayebo), um colega e amigo, partiu a 01 de Junho de 2005 num fatídico acidente em que íamos 4 elementos, tendo o destino nos dividido: dois se foram para a eternidae e dois ficaram aguardando o reencontro que não sei quando. Em cada passo, em cada aceleração está ele à cabeça.

4- António Carlos Ferreira (Toi), meu sobrinho, tão amigos e tantas brigas que já tivemos... Cada um no seu orgulho de que era "o melhor". Estávamos sempre em brigas mas rápido dos uníamos sempre que o inimigo/adversário viesse de fora e atacasse alguém da família. Fazíamos um dupla jamais vista na família. Toy, os dias que vivo não são os mesmos que partilhámos quando respirávamos este ar que Ngana Ñunji nos legou. Hoje acontecem abusos contra a nossa família e tenho de engolir. Quem comigo faz a dupla imbatível e temível como a que formávamos? - Ninguém! O Toy morreu em 1998 num acidente de moto inexplicado até aqui.

3- Ferreira Ganga, meu tio, acolheu-me em 1984, depois de me ter tornado órfão de pai. Gabava-se do sobrinho que criava. Espalhou mimos e proteccionismo, conforme narrado de forma fictícia na homenagem que lhe dedico no meu "O Sonho de Kaúia". Faleceu em 1988 sem que eu podesse ver onde foi sepultado.

2- António Fernando Dambi (retratado como Ti-Chico no meu livro que também o homenageia), meu pai, faleceu em Julho de 1984, vítima de uma patologia infecciosa. Para o dia-a-dia, ficaram os seus ensinamentos recebidos ainda no berço. "Um homem não pode passar o dia como se fosse uma camisa na mala", dizia ele para acrescentar que "Filho de pobre tem de estudar e ter profissão". Pai, fiz o que pediste e como hoje o pão amassado pelas minhas mãos.

1- Ngana Ñunji (Soberano Suporte), Kanhanga Masaka de nome próprio, meu avô materno de kem ganhei o apelido,não o conhecei. Morreu uma semana antes do meu nascimento. Pelas façanhas contadas por seus súbditos daquele tempo, foi, sem dúvidas, um Grande Homem e Um Grande Soberano de quem me orgulho ser descendente e herdeiro. Obrigado avô, o seu trono ser-me-á bem entregue quando o tempo chegar.