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quinta-feira, maio 31, 2012

sexta-feira, maio 25, 2012

SOOU O TIRO

O últimos dois dias produziram dois grandes acontecimentos políticos.
Primeiro: a Consulta que o Presidente da República fez, no dia 23/05/2012, aos membros do Conselho da Repúbçlica para se pronunciarem sobre a data de 31 de Agosto para a realização das terceiras eleições em Angola, a que os conselheiros disseram sim.
Segundo: a convocação das eleições, ontem, para a data supra mencionada, dando assim, de forma oficial, o tiro de largada para a corrifa eleitoral. No mesmo dia, José Eduardo dos Santos orientou ainda o Ministro das Finanças a inscrever no OGE/2012 a rubrica orçamental que cubrirá as despesas eleitorais dos Partidos e Coligações legalmente constituídas que deverão receber em Kz o equivalente a Cem mil dólares.

Atendendo que foi dado, oficialmente, o tiro de largada, sabendo que algumas formações políticas mativeram a preparação física permanente, enquanto outros aproveitavam o defeso para descansar, resta-nos saber qual será o alinhamento no fim da corrida.

Aqui, o meu olhar particular vai mais para a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª posições da grelha, pois mesmo sabendo que nem todos os adversários dormiram à sombra da bananeira, não é arriscado vaticinar a "revalidação do título" por parte do Partido governante, tendo em conta os recursos ao seu dispor e as caminhadas permanentes que vem exercitando que, desta sorte, lhe permitem estar em forma.

A Unita que nas primeiras eleiçoes, em 1992, ficou na segunda posição com 70 dos 220 deputados, conservou a posição, mas com menos pontos, apenas 17 dos 220 possíveis, observando uma subida do 3º classificado de 1992, o PRS, que também conservou a posição, entretanto já com mais três dos 5 deputados que tinha na primeira Legislatura.

A Fnla, embora tivesse conseguido nas segundas eleições 3 deputados, nem por isso foi o 3º partido mais votando, tendo sido superada, em termos de votos totais, pela até então desconhecida Nova Democracia- União Eleitoral que conseguiu 2 lugares.

Para esta eleição (2012) que será no sistema "paga um leva dois", ou seja, um só boletim de voto para a eleição do Presidente/Governo e Deputados, teremos uma outra força que pelo peso politico dos seus integrantes promete arregimentar uma boa fatia do eleitorado para a sua casa. Trata-se da CASA-CE, Coligação onde confluem nomes como Chivukuvuku (Ex Unita), Lindo Tito (ex-Prs) Alexandre André (Ex-Pajoca), Lizete, etc., todos eles com elevadíssimas ambições para o exercício da mais alta magistratura", o que pode propiciar cisões pós-eleitorais quanto à tutela da CASA, ja que é a liderança da Coçligação que dará a possibilidade de ser cabeça-de-lista dos deputados e concomitantemente à presidencia da República nas eleições de 2017.

Os próximos dias serão igualmente de grande agitação junto da Comunicação Social. A cobertura mediática imparcial e com tempos equitativos será, com certeza, um dos temas e exigência dos "fundistas" políticos.

Tudo quanto me vai chegando dos relatos da própria media aponta para a existência de uma exacerbada simpatia dos media, sobretudo os públicos, em relação a CASA-CE que tem mais espaço nos noticiários do que o maior partido da oposição e todos os demais concorrentes da oposição, chegando mesmo a rivalizar o espaço mediático com o "Tout Puissant" MPLA. Será algo premeditado? Agosto e os meses/anos que se lhe seguirão responder-nos-á esta questão. Pois, em meu modesto entender, embora a CASA tenha maiores possibilidades de instalar-se no "condomínio" Nacional (parlamento) também é das formações partidárias que me parecem mais frágeis a implosão, dada a composição e ambições dos seus inquilinos.

Neste olhar, ainda que superficial, não é de pôr de parte o que pode acontecer com o "moribundo" PDP-ANA. Com um deputado eleito em 1992, o partido fundado pelo finado Mfulupinga não pôde eleger representante à Assembleia Nacional nas eleições de 2008 e foi por um fio mágico que se salvou da extinção obrigatória. Elegerá, desta vez, um deputado ou será o fim do partido "Firme como o nº 88, no dizer do seu actual líder Nsidiangani Mbimbi"?

sexta-feira, maio 18, 2012

JÁ LÁ VÃO SEIS ANOS

Comecei esta aventura ppor Catoca em Março de 2006 e já lá vão seis.
A medalha de Mérito e reconhecimento pelo trabalho prestado durante os primeiros cincos anos foi-me entregue pelo meu asistente administrativo (Elias Pinto).
Depois dos 2 anos na Educação (ensino de base oficial) e 9 anos na LAC, já ando nisso de patrões há 17 anos.
E, junto a toda essa "pequena" experiência a docência universitária na Universidade Lweji A N´Konde (ESPLS), cujo contrato, por Tempo Certo, acabei de assinar hoje mesmo.

terça-feira, maio 15, 2012

CONFESSO: "PEQUEI"

Fiquei admirado ao ver um agente da polícia a receber, desavergonhadamente, valores a um necessitado em plena Ho Chi Mim. E o corruptor era eu mesmo.

Fui fazer a inspecção técnica da minha "latinha i20". Desde as sete da manhã que aguardava pacientemente pela minha vez. Éramos uns cinquenta na fila. O meu espanto era que muitos nem sequer ficavam na fila e os seus "casos" eram imediatamente resolvidos. Procurei saber qual era o mecanismo e um avisado me soprou ao ouvido. Fui ter com o dito cujo inspector e prometi-lhe o mesmo que os outros estavam a fazer para que me atendesse e podesse ir à minha outra vida (trabalho).
O meu espanto foi ver que o homem nem teve pejo em receber, de forma aberta, o valor da corrupção, e foi em hasta pública...

quarta-feira, maio 02, 2012

A DUREZA DA TAXI-DEPENDENCIA

Se arrependimento matasse nem estaria a teclar estas memórias.

Arrependi-me de andar de taxi (os vulgos azuis e brancos de Luanda). Os motivos prendem-se com a falta de respeito dos cobradores em relação aos clientes/utentes, engarrafamentos, condução perigosa, cobranças arbitrárias, enchentes, mau-cheiro, etc. E hoje, não devia ser diferente. Se diferiu, foi para o piorio.

Sai de casa as 07h00, a caminho do Alvalade, em serviço. Como não tenho carro e a entidade a quem presto serviço também não tem como me recolher em casa e me devolver a família, não tenho tido outra solução que não passe pelo uso de trajes soft e meter-me à estrada com mochila às costas e aturar os taxistas e suas travessuras. Comecei por apanhar um candongueiro de Viana à Estalagem, ao preço de cem kwanzas. Seguiu-se outro troço da Estalagem ao Grafanil/Bar, por duzentos kwanzas. O cobrador do mesmo carro avisou que chegaria à FTU, por mais duzentos kwanzas, e postos na tabaqueira  acabaria por fazer outra chamada, desta para os congoleses (mercado), por mais duzentos kwanzas. Mas não era tudo: daqui (congoleses) tive de apanhar um outro carro que me levou ao Alvalade/Maianga, por mais trezentos kwanzas... Uff! Já se viu quanto o pobre e honesto trabalhador  paga em candongueiros para se chegar ao serviçoo?

E, de regresso, já com menos azáfama do que a registada no periodo da manhâ, tive de desembolsar outros quinhentos kwanzas, do Largo da independencia a Viana...

Se fizermos contas de quanto ganha um técnico e quanto gasta em candongueiros, veremos que mais de 50% do ordenado se dilui nas passagens... Algo está mal. Muito mal. É preciso melhorar a oferta de transportes públicos e fazê-los chegar até lá aonde apenas os azuis e brancos e kupapatas tomam conta da situação.

É preciso educar também os taxistas e pessoas que para eles trabalham. Foi vergonhoso ver e ouvir um jovem cobrador a faltar ao respeito a uma senhora de modos finos. E, pior ainda, foi ver o mesmo cobrador a lutar com um outro jovem passageiro por algo que nem teve pernas para ser considerado um desentendimento. Só mesmo a falta de educação e falta da noção de que está a fazer um negócio e, portanto, a trabalhar para o público que se faz transportar no seu Hiace, o levaram a protagonizar tão ediondas cenas.

Por outro lado, já que os taxis são colectivos, também não seria nenhum disparate se houvesse taxi para quem vai trabalhar limpo e outros para quem vai à pesca ou lavar carros na baixa, pois viajar misturados tem sido um sacrilégio.

- Estará aí a associação dos taxistas de Luanda para ver questões de higiene dos seus associados e comportamento cívico perante os clientes que permitem ter os fogões acesos?
- Estará aí a polícia económica para salvaguardar a questão dos preços praticados por estes aproveitadores?
- Estara ai o INADEC para ver os direitos dos clientes/consumidores desses serviços que são violados volta e meia?
- Quem defende o povo desses monstros sorvedores do dinheiro alheio?

Com esse andar levaremos séculos a sermos País!