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sexta-feira, outubro 28, 2011

SARAMPO FAZ DAS SUAS EM LUANDA


Diz um adágio Kibala: Mu fuka mwakambe imbanda mundoke ùlya muthu.
> Num país sem kimbanda (médico) até a íngua mata pessoa.

Este adágio autóctone vem a propósito da praga de sarampo que grassa por Luanda. Fui surpreendido, hoje, com a má nova de que morreu a Teté, mulher do Henriques. O Henriques é um jovem que conheci há uns seis anos. Vi quando se juntou à sua mulher que deixa dois rebentos. São jovens com que convivi no Rangel, a Rua sangue-e Fúria, ali, no famigeradio Comité Jinga.
 
Já na semana passada foi a minha ex que me comunicou que estava acometida de sarampo, duas semanas depois do nosso Luciano Delfim Canhanga.

A Teté teve pouca sorte e, mesmo tendo sido levada ao Hospital Josina Machel (Luanda), onde estava a ser socorrida, não resistiu aos males causados ao seu organismo por esta maléfica doença que nos dias de hoje não é dificil ser travada.

Casos como o do Delfim, da Elsa e da Teté (que sucumbiu) contam-se em Luanda às centenas, para não dizr milhares. Há uma praga de sarampo na capital que está a dizimar muita gente, a mutilar outras e a deixar órfãos, como os filhos do meu amigo Henriques Brinco. Apenas o que não se sabe é quando se vai pôr um travão definitivo a isso.

Segundo a Wikipédia (consulta a 28.10.2011), "o sarampo é uma doença víral, uma infecção do sistema respiratório, causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afecta principalmente crianças. É transmitida através de gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas. Os sintomas iniciais, que geralmente aparecem 8-12 dias após a infecção, incluem febre alta, coriza, olhos vermelhos, e pequenas manchas brancas na parte interna da boca. Vários dias depois, uma erupção se desenvolve, geralmente começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo. Há pessoas que se recuperam mesmo sem tratamento dentro de 2-3 semanas. Contudo, principalmente em crianças desnutridas e pessoas com imunidade reduzida, o sarampo pode causar complicações sérias, incluindo dor de cabeça, cegueira, diarreia grave, infecção do ouvido e pneumonia. O sarampo pode ser prevenido através da vacinação".

Vem aí o período de férias escolares e natalinasd. Os filhos e as mulheres dos "magnatas" que estão a estudar e a viver na "estranja", que ainda não enfrentaram o sarampo com sucesso, também podem ser surpreedidos como o meu Delfim e a finada Teté.
 
Sr. Minsitro da Saúde, diz o ditado tuga, "quem avisa amigo é". É melhor ver bem a situação que, pelo que me parece, já saiu do controlo.

segunda-feira, outubro 24, 2011

UM REPARO AO GP E À POLÍCIA DE LUANDA

Exmos. senhores

> Senhor Governador de Luanda,
> Senhor Director da Elisal
> Senhor director dos Serviços Técnicos e afins
> Senhora Comandante da Polícia
> Senhor "Quem de direito"

Espero que vossas excelências tenham um dia atravessado uma das Avenidas da capital angolana, por uma das passagens superiores (também chamadas de pontes aéreas), e tenham tomado má nota do que viram, estando já a tomar medidas correctivas urgentes.

Caso nunca o tenham feito, espero que prestem atenção:
De propósito andei à pé e atravessei a "ponte aérea" sobre a zona dos Congoleses, entre a padaeria Caxicane e as novas bombas da Sonangalp. Atravessei também a "ponte aérea" da vila de viana, aí junto à estação ferroviária. Atravessei ainda a passagem sobre a linha do caminho de ferro defronte à Filda.

Querem saber o que vi?
1- A primeira está formada em mercado, com muito lixo e areias, reclamando por assépcia.
2- A segunda não foge à regra. Micates, bikinis de fio dental, kissângua, pilhas, roupas e outras bujingangas à venda que se juntam a latas e garrafas vazias e papelões que alguém deve/via retirar.
3- Deixou de servir os objectivos que levaram a construí-la. Foi obstruída por uma lagoa natural que se formou debaixo dela e por incúria de alguns negociantes de material de construção e construtores das torres que emergem na área. As demais passagens sobre a ferrovia também estão emporcalhadas e inseguras já que dão asilo a bandidos que aguardam por gente incauta.

Será que os senhores, juntamente com a polícia e as empresas que prestam o serviço de limpeza aos municipios, podem dar um jeito à situação?

E a media, tem visto o que vi?
Tem retratado e chamado a atenção dos "Quem de direito"?

quarta-feira, outubro 19, 2011

O (meu) estado da Nação

Se eu fosse PR teria dito também, entre as coisas ditas, que:

- Não pude ouvir o discurso do PR porque fiquei sem luz (energia eléctrica). Como eu muitos outros angoalanos terão ficado.
- Estou a 24 horas que não consigo lavar-me em condições. O bairro não tem "água para todos" e os vendedores em cisternas não têm como conseguir o precisoso líquido que retalham a preço de ouro.
- Saio, como muitos outros, sempre à madugada e volto sempre à noite, devido ao transito caótico em Luanda.
- Meus filhos correm o risco de não fazerem os exames finais, porque o colégio decidiu cobrar em antecipação a propina de Dezembro (mês em que não terão aulas) e eu não tenho saláriuos antecipados. A escola pública que seria o remédio para o pobre não é frequentada por nenhum filho de governante o que a torna má opção para quem ter um filho melhor do que ele (eu no caso).
- Teria admitido que nunca na vida da República/Nação houve tanto medo de manifestações como agora e que se torna necessário, não só dialogar, mas também redistribuir "o bolo" que é a causa da instabilidade social.
- Teria olhado também para o tempo de casa que carrego e dizer: Miúdos (que já nem o são aqueles que rodeiam o PR), é chegada a vez de fazerem melhor do que eu, conseguida a paz e lançadas que estão as bases para a realização do grande sonho angolano.

Mas como não sou Presidente e nem conheço o verdadeiro estado da Nação, fico pelos lamentos e suposições.
Bem haja, camarada presidente!

sábado, outubro 15, 2011

BIS DE RASCA PÕE KABUSCORP À RASCA

"Somos campeões".

O Recreativo do Libolo pôs o KABUSCORP à rasca com bis de Rasca. Três bolas contra uma no jogo que decidiu o campeão do Girabola, quando faltam disputar apenas 6 pontos no campeonato angolano de primeira divisão.

O Libolo escreve uma página dourada na história do futebol angolano. Desta vez ninguém mais lhe rouba o "pão da boca".

domingo, outubro 02, 2011

QUEM TRAVA A FOME INSACIÁVEL DOS FISCAIS de LUANDA?

Estou em Luanda (27-09), circulando na rua que liga o Golfe II ao Kimbango. Numa carrinha cinzenta, de marca Land Cruiser, (só não cito a matrícula para não comprometer as pessoas) vejo homens vestidos vestidos de farda verde (já muito gasta pelas lavagens), farda castanha (com a inscrição Fiscalização) e outros de farda azul escura (que parecem pertencer a um dos ramos da polícia nacional).  A única senhora vestida de colete castanho estaá sentada no centro da caixa e os homens cuidava das laterais. Sãotantos que a carrinha, apesar de nova, geme de peso e vê-se inclinada para trás.

Os homens andam fora da estrada, ou seja, no espaço de terra batida, entre a estrada esfaltada e o passeio(?) onde as zungueiras (vendedeiras de rua) fazem o seu habitual wenji (negócio) para sustentar os "tumbonga" (filhos) lá em casa.

De vez em vez, os homens paravam, descia um homem descontraído enquanto outros miravam a presa. O primeiro aprumava posição de ataque (corrida às senhoras vendedeiras) enquanto outros desciam da carrinha e, simplesmente, se apoderavam dos pertences alheios.

Se é verdade que não se deve fazer das ruas, esquinas e pontes de Luanda auténticos mercados e feiras ambulantes, como acontece com as passagens superiores transformadas em "kitandas", também é bem verdade que não se conhece nenhum depósito para essas imbambas (coisas) sorripiadas às transgressoras vendedeiras.

Daí que o meu apelo vai para o reforço da vertente educativa e a indicação de lugares apropriados para as feiras que, aliás, existem por tudo quanto é mundo moderno.

E, já agora, quem me pode dizer para onde vão as coisas (comidas, roupas, bikinis de fio dental, missangas, etc., etc.) que os fiscais e polícias recebem dos zungueiros?