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sexta-feira, outubro 27, 2006

A VOX POPULI e as EXONERAÇÕES



Tendo herdado um consulado que muito o desagradava, devido por um lado, a pouca idade em relação aos seus subordinados e a excessiva má interpretação do marxismo leninismo, aliado também ao facto de grande parte dos governantes de então e fazedores de política terem estudado muito pouco, JES não teve outra alternativa senão ir aos poucos limpando a casa.
E astuto como é, foi trocando as posições das peças, separando-as, até se desfazer dos analfabetos, alguns incompetentes e "políticos de Viva e Abaixo". Certo que alguns sobreviveram, mas muito poucos.

Esta “limpeza” não só afectou "o cérebro", mas também a cor (Apud. Sem. Angolense). Daí que passamos a ver um governo que enegreceu ao contrário daquele deixado pelo saudoso Presidente e que se vai tornando cada vez mais tecnocrata (verdade seja dita).

Analisada esta fase boa da “nguvulação”* de JES uma inquietação assalta a VOX POPULI. Está relacionada às constantes exonerações e troca de posições entre o séquito governativo. Na semana que corre JES trocou Sanjar por Furtado no Estado-Maior General das FAA, exonerou Pedro Neto da FANA e Ekuikui (na foto) de Comandante Geral da Polícia, entre outras peças do seu xadrez. Ele (JES) enquanto Chefe Supremo terá as suas motivações, quer objectivas quer subjectivas. Mas, nós a Populi, devemos ou não saber por que razão têm sido os nossos governantes nomeados, exonerados e ou renomeados para novas tarefas? É que os longos Comunicados lidos na RNA e TPA já nem dizem se foi por comissão de serviço, conveniência ou inconveniência de serviço, Competência ou incompetência, Compatibilidade ou incompatibilidade de funções ou coabitação, nada disso. E ficamos a ver Homens a sair e outros a entrar como se de casa da mãe Joana se tratasse.

Voltando ao Caso Ekuikui, dizeres dos próprios polícias atestam que "o Cda. deu conta do recado no que diz respeito à organização e apetrechamento da corporação, algo que até mesmo Nandó não fez enquanto acumulou o ministério e o Comando". Aqui na Lunda-Sul, de onde rabisco essa reflexão, não se fala doutra coisa senão da “má exoneração do Kota Ekuikui”. Compreendo que o sentimento regionalista e tribal abunda muito por cá, dado que Ekuikui é um Moxiquense. Porém, não é de perder de vista quando o assunto passa de boca em boca e de província em província.

E já agora: Com que equipa irá o Cda. Presidente às próximas eleições?

*Governação
Por: Soberano Canhanga

terça-feira, outubro 17, 2006

OS RUMOS DOS NOSSOS COLÉGIOS UNIVERSITÁRIOS


Ter uma formação coesa ou no mínimo um diploma que ateste a feitura do ensino superior passou a ser um dos grandes objectivos da juventude. Os motivos não são poucos: Aumentar o nível de conhecimentos para melhor servir ou apenas conferir agregação teórica à grande experiência conseguida na tarimba e corrigir vícios, bem como a simples intenção de obter o canudo e ver engordado o salário têm sido os motivos da procura dos cursos superiores.

A resposta, porém, a esses desideratos parece cada vez mais distante. Perante o agrado dos caçadores de canudos, os que se entregam na busca do saber têm visto dia após dia Gatos a serem vendidos em plena luz do dia, fazendo-os passar por lebres.

Já é de há anos o questionamento à qualidade do nosso ensino superior público, contaminado pela corrupção motivada pelos baixos salários e inexistência de condições de trabalho. É também sabido que a pesquisa que devia ser a condição “sine qua no” para que os docentes universitários preparassem as suas lições há muito deixou de ser feita.

Perante tal quadro, a aparição de instituições de ensino privado como: a Universidade Lusíadas, ISPRA, JEAN PIAGET, UCA, UNIA e outros colégios universitários afigurava-se, numa primeira fase, como a ponta de salvação do decadente ensino superior no país, já que ofereciam boas propostas em termos de cursos, salários à dimensão da labuta, pagos pelos alunos, e mais ainda; Aulas correntes sem interrupções motivadas pelas sucessivas greves na pública.

Alimentadas as expectativas, o tempo vem mostrando, porem, que foi puro engano ou sol de pouca dura. As pseudo “galinhas de ovos de ouro” têm se mostrado mais desorganizadas do que a “velhinha” Agostinho Neto. Uma administração que entende penas de cobranças de propinas e multas aos estudantes devedores, falta e ausência gritante de professores, e pior: Um quadro docente inexperiente e muitas vezes sem noção do que dizem ensinar. Qualquer pesquisa por mais leviana que seja mostrará que grande parte deles não possui uma carreira universitária que tenha passado pela monitoria, assistência, professor associado, titular, etc., como regem as regras da cátedra.

Se na universidade pública o uso de monitores no asseguramento de aulas em substituição de docentes que até existem, mas muito ocupados em outras tarefas de assessoria política e técnica, foi tema de debate em campanha eleitoral para decano da Faculdade de Direito que opôs Zé Octávio VD a Alberto Neto e Elisa Rangel, que dizer do uso de monitores que nem os seus cursos concluíram e que (des) instruem outros finalistas?

Deixo aqui apenas um exemplo, o do ISPRA, onde estudantes finalistas de determinadas licenciaturas já são usados como professores titulares de outros finalistas do mesmo curso *.

-É ou não caso para reflexão?
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*C.Soc. IV ano.

segunda-feira, outubro 02, 2006

MISS AFRICA


STIVIANDRA ENTRE AS SEIS MAIS "OUSADAS DO MUNDO"

Que a nossa miss Stiviandra merece o nosso carinho e aplausos, isso é bem verdade. Levou o nosso "Angola Avante e a nossa bandeira tri-color" à "catedral" da beleza mundial. E melhor do que apenas estar, subiu ao palco representando a realeza africana. Bom trabalho.

- Mas de lá em diante. Que será da nossa miss?
Mais uma como E. Aguardado e outras ou será desta que teremos o icone da beleza Angolana?

Soberano Canhanga