Nunca parei, em dia como hoje, para reflectir sobre aqueles que já se foram, mas que de forma directa ou indirecta contribuiram e contribuem para a formação e refinamento da minha personalidade.
5- Vemba Pedro Menezes (Kayebo), um colega e amigo, partiu a 01 de Junho de 2005 num fatídico acidente em que íamos 4 elementos, tendo o destino nos dividido: dois se foram para a eternidae e dois ficaram aguardando o reencontro que não sei quando. Em cada passo, em cada aceleração está ele à cabeça.
4- António Carlos Ferreira (Toi), meu sobrinho, tão amigos e tantas brigas que já tivemos... Cada um no seu orgulho de que era "o melhor". Estávamos sempre em brigas mas rápido dos uníamos sempre que o inimigo/adversário viesse de fora e atacasse alguém da família. Fazíamos um dupla jamais vista na família. Toy, os dias que vivo não são os mesmos que partilhámos quando respirávamos este ar que Ngana Ñunji nos legou. Hoje acontecem abusos contra a nossa família e tenho de engolir. Quem comigo faz a dupla imbatível e temível como a que formávamos? - Ninguém! O Toy morreu em 1998 num acidente de moto inexplicado até aqui.
3- Ferreira Ganga, meu tio, acolheu-me em 1984, depois de me ter tornado órfão de pai. Gabava-se do sobrinho que criava. Espalhou mimos e proteccionismo, conforme narrado de forma fictícia na homenagem que lhe dedico no meu "O Sonho de Kaúia". Faleceu em 1988 sem que eu podesse ver onde foi sepultado.
2- António Fernando Dambi (retratado como Ti-Chico no meu livro que também o homenageia), meu pai, faleceu em Julho de 1984, vítima de uma patologia infecciosa. Para o dia-a-dia, ficaram os seus ensinamentos recebidos ainda no berço. "Um homem não pode passar o dia como se fosse uma camisa na mala", dizia ele para acrescentar que "Filho de pobre tem de estudar e ter profissão". Pai, fiz o que pediste e como hoje o pão amassado pelas minhas mãos.
1- Ngana Ñunji (Soberano Suporte), Kanhanga Masaka de nome próprio, meu avô materno de kem ganhei o apelido,não o conhecei. Morreu uma semana antes do meu nascimento. Pelas façanhas contadas por seus súbditos daquele tempo, foi, sem dúvidas, um Grande Homem e Um Grande Soberano de quem me orgulho ser descendente e herdeiro. Obrigado avô, o seu trono ser-me-á bem entregue quando o tempo chegar.
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