Mas é certo que quando a "minha peste" sarar, e porque sempre terminará, muitos virão procurar-me.
Só espero que não venham com conversa fiada e lágrimas de crocodilo à mistura.
Não tarda volto a ser HOMEM.
Canhanga
Comandante-geral da Polícia Nacional | |
ANGOP, 18/12 - O comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos, criou hoje, terça-feira, uma comissão para averiguar o registo de incidentes registados em Luanda, que envolveram a utilização indevida de armas de fogo por parte de alguns elementos afectos à Polícia Nacional.
Segundo uma nota do Comando-Geral da Polícia Nacional, como resultado dos incidentes, que chocaram a sociedade e provocaram dor e luto em algumas famílias, dois elementos da corporação alvejaram mortalmente, segunda-feira, dois jovens que se encontravam a encenar, tendo um terceiro ficado ferido.
Hoje, refere o documento, dois outros agentes atingiram mortalmente um jovem ambulante no Mercado do Roque Santeiro, situado no município do Sambizanga (Luanda).
Em ambos os casos, os quatro agentes foram imediatamente detidos e tudo está a ser feito para que se constituam os competentes processos-crime, que transitarão para o tribunal, através do Ministério Público para serem julgados em função dos condenáveis actos por eles praticados, adianta a missiva.
Nesta senda, a comissão ora criada deverá apresentar os resultados do seu trabalho no prazo de oito dias, estando a Polícia Nacional, com essa atitude, a procurar demonstrar o seu compromisso com a legalidade, transparência e com a sociedade, pautando assim pelos princípios elementares presentes num estado democrático e de direito, em que a liberdade da pessoa humana se afigura como um pilar da democracia.
"É apanágio da Polícia Nacional garantir a segurança do cidadão, pelo que acções contrárias a este princípio devem ser oportuna e exemplarmente combatidas", lê-se no documento.
Os trabalhos da comissão não invalidam todos os outros trâmites em curso no sentido de apurar responsabilidades individuais, pelo que, devido a gravidade da infracção, está igualmente em curso um processo que poderá resultar na expulsão dos infractores dos quadros da Polícia Nacional.
No documento, a Polícia reitera a sua missão de continuar a tomar medidas para o rigoroso cumprimento das regras básicas de actuação policial, no sentido de acabar com este tipo de atitudes.
S.C.
A agência do Rio de Janeiro escreve que Niemeyer “criou prédios que poderiam ser considerados esculturas, entre eles, os prédios de Brasília”.
Para além da arquitectura, Niemeyer é também uma grande enciclopédia histórica. Basta notar que viveu a I Guerra Mundial, o surgimento do primeiro Estado comunista do Mundo (URSS), a morte da Sociedade das Nações, o surgimento dos ultra-nacionalistas (Nazistas), a II Guerra Mundial, o nascimento da ONU, a Guerra Fria, as guerras para as independências das antigas colónias europeias na África e Ásia, a ruptura do Socialismo e vários outro acontecimentos. E note que Niemeyer assume-se como um comunista…
O projector da “nova” capital federal brasileira (Brasília) é também tido como um possível arquitecto do que se espera ser a nova capital angolana, ou no mínimo, a nova Luanda.
Mais anos se desejam a Niemeyer e mais sonhos em concreto (cimento).
A morte assassina chamou-o aos 43 anos, mas é sabido que Luky não morreu porque os imortais nunca vão.
A sua música de intervenção contra a segregação racial, e mais tarde apelos à unificação, como "different colors one people", imortalizaram-no.
Lembro que o seu primeiro álbum chama-se "Rasta Never Die". Seguiram-se Slave, Prisoner e Together as One, entre outros que o imortalizam.
No total 21 álbuns, sendo o último Respect. Um respeito que os bandidos não tiveram.
A morte não leva os imortais
Long life Lucky Dube
Long Life Reggae
Let's live together as one
Um pouco de exagero, se calhar, no título, mas quero partilhar esta alegria de um amigo, um kota das lides profissionais, que me liga 18 meses depois para anunciar o nascimento da Twene.
Está o meu amigo na casa dos quarenta e tal. Quase quarenta e cinco se não me engano. É unigénito sendo igualmente esta Twene a sua primogénita.
Quis, somente, o meu kota/amigo, saber se na língua do meu berço, o Kimbundo, ou noutras que tenha conhecimentos básicos não representava ofensa.
Primeiro em Kimbundu: juntando a raiz pareceu-me que não. Pois o prefixo tw (indica Plural). Exemplo: twana (filhos). ene (eles)?
E comuniquei com emoção que pode ser palavra vazia. Surgida apenas da junção de dois nomes (paterno e materno) e com alguma queda para a fonia Kimbundu, porém de uma coisa tenho certeza; Nesta língua não é asneira.
Quanto a outras línguas o meu arriscar seria diminuto na medida em que Matuba que em Kikongo é agradecimento e Matondo que é louvor são respectivamente em Kimbundu e Umbundu testículos.
Espero, com esta alegria contagiante, não ter induzido o meu amigo a erro e que a Twene continue a nos dar muitas alegrias.
Dito e feito: Nos textos que antecederam este eu profetizei: “O jogo será a doer mas é certeza de que a taça, a nona, é nossa”!!!
Vinte horas e 53 minutos. Soava o apito final do árbitro grego da partida entre Angola e Camaões. Mostrava o placard 86;72, 14 ponto de diferença num jogo que conheceu um empate nos primeiros 10 minutos a dez pontos, com 33-31 ao intervalo.
Olhemos para a trajectória: Final; Angola – Camarões (86;72); Meia-final: Angola-Cabo Verde (93-60); Quartos de final: Angola –Rep. Cent. Africana (78-51) Angola na 1ª fase: Angola-Rwanda (109-66); Angola-Cabo Verde (100-44) e Angola-Marrocos (108-58) CLASSIFICAÇÃO FINAL 3º Cabo Verde e 4º Egipto (53-51): 5º Nigéria e 6º Tunísia (83-82) 7º República Centro-Africana; 8º Côte d`Ivoire; 9º Senegal; 10º Marrocos; 11º Mali; 12º Rwanda; 13º África do Sul; 14º Moçambique; 15º RD Congo e 16º Libéria. |
O Afrobasket 2007 realizou-se, pela 1ª vez na história da organização, em 5 cidades, nomeadamente: Grupo A – Benguela: Angola, Rwanda, Marrocos e Cabo Verde. Grupo B – Huíla: Mali, Senegal, Egipto e Cote d’Divoire. Grupo C – Huambo: Libéria, Nigéria, RD Congo e R.Centro Africana. Grupo D – Cabinda: Camarões, Moçambique, África do Sul e Tunísia. Luanda recebeu os jogos da 2ª fase e da final
Na foto: PR JES
Luciano Canhanga
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Houve na primeira fase, realizada em Benguela, equipas que definiram bem os seus objectivos, concretamente a passagem à fase seguinte, que agora decorre em Luanda. Foi o caso de Cabo Verde, que tinha vencido apenas o Marrocos e Rwanda. Assim planeado, assim feito. Com Angola, disse-o o seu treinador, Trovoada, “não interessava gastar 'munições' para não vencer a guerra”. E, Cabo Verde fez o seu jogo, preservando os seus trunfos para aquele que seria o embate decisivo contra o Rwanda. Já na fase seguinte, em que cada jogo é uma final, as equipas menos dotadas ou menos conceituadas tentam aplicar-se ao fundo para surpreender as grandes. Foi o que assistimos no jogo entre Cabo Verde e Nigéria. O lema das equipas tidas como menos favoritas tem sido tentar vencer ou então vender a derrota o mais caro possível. Assim também fez a RCA, que tentou surpreender, sem efeito, a Selecção Nacional, pois, veio ao de cima a experiência e maturidade no nosso "cinco" nacional. Voltando ao jogo da meia-final contra Cabo Verde, julgo que teremos (dia 23/07) uma partida muito disputada. Desta vez a selecção insular não terá trunfos para guardar. Aliás, vai usá-los todos no seu máximo. Então, teremos de pensar em como contornar o "atrevimento" dos cabo-verdianos e também guardar algumas energias para o jogo da final diante do Egipto ou Camarões. De duas coisas devemos estar certos: A taça é nossa, mas os dois jogos que faltam serão a doer"". E, dito por mim, feito pela selecção. Hoje, dia 25 de Agosto, termina o campeonato africano de Basquetebol sénior masculino. Angola defronta os Camarões que vieram discretos e sem a fama de candidatos ao título. Tal como Angola os camaroneses não tiveram derrota e o jogo será a doer. Mas retomo o que dissera: O jogo será a doer mas é certeza de que a taça, a nona, é nossa!!! Luciano Canhanga Fotografado pelo Mohamed Mociano Canhanga |
Soberano Canhanga
Valeu Kota manguxi, mas,
-Que tal dos Congos?
Foram Nove anos que deram muita experiência a que foi apelidado de “o bombeiro”, -uma espécie de pau para tudo que fosse obra. E foi o “bombeirismo” que me tornou homem.
“Dicas da cidade” foi o programa em que nos iniciamos na comunicação estereofónica.
Leda Cristóvão, Stella Marisa, Marlene Pinto (Amaro), José de Assunção, Rossana Miranda, Paulo Muhongo, Francisca Pacavira, Antónia Bartolomeu, Agostinho dos Santos, Isaac António, entre outros nomes que ficaram menos tempo, foram os meus companheiros de partida. Constei dos seis que foram cooptados para estagiar na redacção de notícias no segundo turno, juntamente com o Assunção e o Paulo. Em 1997 era editor do turno, 9h00/12h30, o Mário Inácio.
Lembro-me, como hoje, dos berros que "nos passava" e do calor que o inundava na hora da edição do noticiário.
Na rádio, acolhida por contentores, me fui afirmando, aos poucos, é claro. De início apenas a redacção e depois, também a locução, alimentando as “Frentes Informativas” e depois o “Giramundo” e os noticiários das 9h e 12 horas, sem me esquecer daquele que foi o meu forte, a reportagem, de que guardo grandes lembranças e saudades.
Grandes amigos, os políticos!
Com efeito, a Lei de Moisés recomendava que toda a mulher apanhada a cometer adultério devia ser apedrejada. Ora, aquela mana apanhada em flagrante foi trazida diante de Jesus para o castigo preceituado pela Lei. «De acordo com a Lei de Moisés, esta mulher devia ser apedrejada», sentenciaram, os Fariseus e Escribas a espera que Jesus ratificasse a famosa prescrição!...Até aqui, tudo bem. Só que, depois, o Advogado da adúltera entrou em cena. Sigam o meu raciocínio e atentem à estratégia de Jesus Cristo:
1. Reparai que, com essa história, os Fariseus e os Escribas quiseram colocar Jesus entre a espada e a parede. Eis o grande dilema: Se Jesus dissesse que a mulher poderia ser apedrejada, como perceber a doutrina sobre o Amor ao Próximo que Jesus vinha pregando? Se pedisse que a mulher não fosse apedrejada, os Escribas e Fariseus acusariam Jesus de violar a Lei de Moisés. Foi nesta altura que o Advogado deu a famosa resposta que desconcertou e atrapalhou os juízes: «Quem nunca pecou -disse Jesus- que seja o primeiro a atirar a pedra!». Pois, é! E agora?...
2. Na verdade, o Único a atirar a pedra, seria o próprio Jesus Cristo já que, como sabemos, “nunca cometeu pecado algum”;
3. Quando Jesus disse que quem não tivesse pecado, fosse o primeiro a atirar a pedra, os juízes que montaram o tribunal, passaram a réus! É que depois de um rápido exame de consciência, os homens decidiram retirar-se um por um a começar pelo mais velho (se calhar, é o que mais pecados tinha!), deixando a pobre mulher com o seu Advogado!
4. Com o tribunal em debandada (porque os juízes passaram a réus em fuga), o Advogado Jesus teve Ele mesmo de pronunciar a sentença, depois de um diálogo com a sua “cliente” de ocasião!
5. No novo diálogo com a mulher, Jesus não aprova o pecado por ela cometido; mas manda-a para casa com fortes recomendações de nunca mais tornar a pecar...Eis, um Advogado que veio condenar não o pecador, mas o pecado, ao contrário do que era comum na cultura judaica.
6. Mais ainda: a cultura judaica era profundamente machista. Ora bem: não tendo a mulher cometido adultério sozinha, onde esteve o homem que com ela cometeu tal pecado? Sabemos que, de acordo com a mesma Lei, o homem poderia repudiar a sua esposa infiel, ao contrário da mulher que sofria as mais hediondas sevícias: estava-se, como era óbvio, diante de uma lei opressora, que violava os Direitos Humanos e a dignidade da mulher...
No seu livro “África Renascida”, Dom Francisco da Matta Mourisca diz que as mulheres pecadoras eram desprezadas até por aqueles que as prostituíam, a exemplo da Mulher Adúltera, imortalizada nas páginas do Evangelho. Ora, dizia o Bispo do Uíje, «o único homem que podia atirar pedras à mulher, porque não tinha pecado, foi o único que a salvou das pedras- o próprio Jesus. Retrato comovente da figura de Cristo, que veio salvar o que estava perdido: não só o homem senão também a mulher».
Por Pê. António Estévão
Acabei de ver um sujeito das FAA a esmurrar em plena luz e sem causa aparente um jovem que por sinal até se dirigia à oficina em que trabalhava. Motivo: Escorregou na lama que encobria o asfalto e tocou-lhe na farda.
Soberano Canhanga
A mandioca, a ginguba (amendoim), o feijão e o milho são as principais culturas, sendo a pesca e a caça actividades complementares à dieta e ao lazer, ao mesmo tempo que se ensaiam outros produtos destinados à venda, como o abacaxi e o abacate, muito procurados pelas empresas que actuam na região.
Dia após dia a comunidade do Luari assiste à mudança para melhor do ambiente circundante adivinhando-se até dias ainda mais prósperos,
“Estar no Luari é estar com a nossa cultura”, afirmou Pedro Sacahumba, secretário do bairro.
Ritos como o Mukixe e o Kandangi (máscaras) e Cianda (dança tradicional), entre outros, são ensaiados de forma organizada e pedagógica, pela sociedade que pensa deste modo perpetuar os valores característicos à peculiaridade da sua cultura.
Crianças, ainda de tenra idade, ensaiam diligentemente os passos das danças e rituais que conferem original singularidade à sua cultura.
“Assim como fazem os nossos pais, nós também estamos a aprender para depois ensinar aos mais pequenos", confidenciou-nos Fernando Nuati, um adolescente que fazia o papel de comandante de dança Muquixe, rigorosamente mascarado .
Para Avelino Carlos - Muanga-saia - líder musical dos Astros da Lunda-sul “apesar da influência de outras culturas divulgadas pela televisão, a cultura Cokwe está intacta e como a aprendizagem acontece sempre na comunidade com os mais velhos não há nada que a afecta”. Disse acrescentando que tem sido função dos mais velhos, esmerarem-se na forma como acompanham a continuidade na execução dos ritos e máscaras pelos mais novos, preservando a sua pureza e integridade.
“Até agora continuamos a fazer a circuncisão que demora seis meses a um ano. As meninas também têm um ritual parecido e é aqui que se passam todos os valores". Concluiu.
Mwana pwo é uma máscara confeccionada em madeira para a realização de rituais de passagem da puberdade. Na sociedade tradicional cokwe, a comunidade junta-se no centro da aldeia para assistir à mascara mwana pwo dançar, ela representa o ancestral feminino. A seu lado as mulheres aprendem as boas maneiras, os princípios éticos e a solenidade com que se devem impor na sociedade".
A sociedade cokwe sempre preservou a consciência colectiva da sua identidade histórico-cultural, através dos seus mitos de origens e de outras marcas culturais.