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domingo, setembro 09, 2007

PARTILHAR ALEGRIA SUADA


Um pouco de exagero, se calhar, no título, mas quero partilhar esta alegria de um amigo, um kota das lides profissionais, que me liga 18 meses depois para anunciar o nascimento da Twene.

Está o meu amigo na casa dos quarenta e tal. Quase quarenta e cinco se não me engano. É unigénito sendo igualmente esta Twene a sua primogénita.

Quis, somente, o meu kota/amigo, saber se na língua do meu berço, o Kimbundo, ou noutras que tenha conhecimentos básicos não representava ofensa.

Primeiro em Kimbundu: juntando a raiz pareceu-me que não. Pois o prefixo tw (indica Plural). Exemplo: twana (filhos). ene (eles)?

E comuniquei com emoção que pode ser palavra vazia. Surgida apenas da junção de dois nomes (paterno e materno) e com alguma queda para a fonia Kimbundu, porém de uma coisa tenho certeza; Nesta língua não é asneira.

Quanto a outras línguas o meu arriscar seria diminuto na medida em que Matuba que em Kikongo é agradecimento e Matondo que é louvor são respectivamente em Kimbundu e Umbundu testículos.

Espero, com esta alegria contagiante, não ter induzido o meu amigo a erro e que a Twene continue a nos dar muitas alegrias.

Na foto: Eu e Argemara Princesa Canhanga ao colo.

Luciano Canhanga

3 comentários:

Unknown disse...

Oh luciano DYA Canhanga,continuas a surpreender-me pela tua idade e pronta prestação.Mais pareces ser da minha geração-a da agricultura- a que não apanhou nada.A que não se compara à do movimento "aparecer" e que imbuiu o espirito que "pedra-após-pedra" há-de de trilhar e ultrapassar os terrenos, trilhos e atalhos difíceis seja qual for o preço.
continua assim, do nada fazer muito.
antonio clara
ps: sabes que eu escrevo como falo, ou será que falo como escrevo?!

Soberano Kanyanga disse...

Conhecendo-te um pouco como te conheço, escreves como falas. Noto nas tuas comunicações a oralidade em primeiro lugar. O resto é o registo da oralidade. E eu penso que o melhor caminho é esse. Quando olho para as literaturas nacionais africanas noto isso. São melhor lidos e compreendidos aqueles que se expressam como pensam. Há espontaneidade. Encontro isso em Uanhenga Xito. Mais preocupado com o conteúdo da comunicação do que com a formalidade textual. E o povo, nós os ouvintes/leitores, gostamos de ler tal como ouvimos os escrevedores na sua informalidade.

Muito obrigado meu Kota Clara.

Unknown disse...

Achei lindo, mas não entendi muito bem...mas valeu!!!