Um pouco de exagero, se calhar, no título, mas quero partilhar esta alegria de um amigo, um kota das lides profissionais, que me liga 18 meses depois para anunciar o nascimento da Twene.
Está o meu amigo na casa dos quarenta e tal. Quase quarenta e cinco se não me engano. É unigénito sendo igualmente esta Twene a sua primogénita.
Quis, somente, o meu kota/amigo, saber se na língua do meu berço, o Kimbundo, ou noutras que tenha conhecimentos básicos não representava ofensa.
Primeiro em Kimbundu: juntando a raiz pareceu-me que não. Pois o prefixo tw (indica Plural). Exemplo: twana (filhos). ene (eles)?
E comuniquei com emoção que pode ser palavra vazia. Surgida apenas da junção de dois nomes (paterno e materno) e com alguma queda para a fonia Kimbundu, porém de uma coisa tenho certeza; Nesta língua não é asneira.
Quanto a outras línguas o meu arriscar seria diminuto na medida em que Matuba que em Kikongo é agradecimento e Matondo que é louvor são respectivamente em Kimbundu e Umbundu testículos.
Espero, com esta alegria contagiante, não ter induzido o meu amigo a erro e que a Twene continue a nos dar muitas alegrias.
Luciano Canhanga
3 comentários:
Oh luciano DYA Canhanga,continuas a surpreender-me pela tua idade e pronta prestação.Mais pareces ser da minha geração-a da agricultura- a que não apanhou nada.A que não se compara à do movimento "aparecer" e que imbuiu o espirito que "pedra-após-pedra" há-de de trilhar e ultrapassar os terrenos, trilhos e atalhos difíceis seja qual for o preço.
continua assim, do nada fazer muito.
antonio clara
ps: sabes que eu escrevo como falo, ou será que falo como escrevo?!
Conhecendo-te um pouco como te conheço, escreves como falas. Noto nas tuas comunicações a oralidade em primeiro lugar. O resto é o registo da oralidade. E eu penso que o melhor caminho é esse. Quando olho para as literaturas nacionais africanas noto isso. São melhor lidos e compreendidos aqueles que se expressam como pensam. Há espontaneidade. Encontro isso em Uanhenga Xito. Mais preocupado com o conteúdo da comunicação do que com a formalidade textual. E o povo, nós os ouvintes/leitores, gostamos de ler tal como ouvimos os escrevedores na sua informalidade.
Muito obrigado meu Kota Clara.
Achei lindo, mas não entendi muito bem...mas valeu!!!
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