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quinta-feira, setembro 03, 2009

RENDAS AO ESTADO CUSTAM 1/3 DO SALÁRIO MÍNIMO

Habitação, alimentação e vestuário são, segundo se aprende na primária, as necessidades básicas* do homem. Em Angola estas três e outras indispensáveis para se viver têm uma renda mensal mínima de aproximadamente USD 100 (salário mínimo da função pública).

Dois mil e oitocentos kuanzas é, doravante, o valor mínimo da renda para os imóveis do Estado angolano. A medida, aprovada pelo Conselho de Ministros, visa, por um lado, aumentar as receitas fiscais do Estado e, por outro, fazer com que se pague um valor justo ao arrendamento de uma residência.
Convertidos em dólares americanos, Akz 2800 equivalem a USD 35 que por sua vez correspondem a 1/3 do que ganha quem está no grau mais baixo entre os funcionários públicos.

Segundo informações veiculadas (apenas ainda) por órgãos de informação públicos, o valor da renda dos imóveis do Estado será proporcional às condições de habitabilidade e à localização geográfica (zona urbana, periurbana ou rural). Ou seja, na cidade e com melhores condições de habitabilidade a renda torna-se mais cara do que no campo e com menores condições de comodidade.

Reajustada a renda das casas do Estado, só esperamos que os grandes devedores que são, no fundo, o próprio Estado ou aqueles que dele se servem não voltem a ser os caloteiros (devedores). Esperamos também que aqueles que realmente nada pagavam pela ocupação das casas que a todos pertencem (povo) e que não estejam entre os que menos ganham não venham com lamúrias pela actualização do valor.
Como pontuais pagadores de impostos e atentos ao que se faz com a coisa pública, esperamos ainda que as casas degradadas sejam agora reparadas e que aqueles que nunca tiveram casa (pública ou privada) sejam também bafejados pela mesma sorte que uns têm a “decuplicar”.

Por fim: que o milhão de casas prometidas pelo Governo até 2012 seja um facto na construção e na distribuição pelos que delas realmente precisam.

* Abraham Maslow enumera necessidades fisiológicas, de segurança, de amor/relacionamento, de estima e de realização pessoal.

Luciano Canhanga

3 comentários:

Angelino disse...

Olá Luciano.
Será que não vai acontecer o que tem acontecido algumas vezes sem conta.
As casas irem para quem não tem necessidade depois verem as rendas inflacionadas e passarem a ser habitadas por quem tem um rendimento maior.
Continua sempre com a tua lente mágica que serás sempre bem sucedido.
Um grande Kandando.
Angelino.
www.kaluandayame.blogspot.com

kanuthya disse...

Sempre oportuno, Canhanga.
Pois é, com actualização das rendas, tem de vir também a manutenção dos imóveis. E já agora, que tal um limite razoável que acabe com exorbitância pedida para alugar uma casa (muitas vezes propriedade do Estado, logo sub-alugada indevidamente)?

beijos daqui!

Anónimo disse...

Só os dos comités de especialidades é q vao comprar essas casas.