Museu do Dundo |
Cada colina corresponde a um bairro periférico, estando a
cidade do Dundo na colina-centro que tem a norte a vila de Chitato, município sede.
As casas são do estilo inglês do século IX, sendo na sua
maioria vivendas e apenas tímidas edificações em sistema vertical que não
passam os três pisos. Aliás, as novas edificações verticais vão
descaracterizando, aqui e acolá, o estilo arquitectónico dominante, sendo que a
cidade, em si, já reclama por uma conservação e reabilitação profunda dos seus
equipamentos.
A histórica cidade do Dundo erguida pela DIAMANG é diferente
da nova cidade (centralidade) do Dundo onde nascem grandes edifícios verticais.
O DUNDO, O GOVERNO E A ENDIAMA
O DUNDO, O GOVERNO E A ENDIAMA
Barragem do Luachimo |
E, como reza a história “A DIAMANG era como se de um país dentro doutro se tratasse”, assim também era/é a cidade do Dundo: Uma urbe inglesa dentro dum território (português à época) angolano, construída com autonomia de serviços técnicos, administrativos, sociais e culturais como: hospitais , museu, cinema, aeródromo, campos para a prática de futebol e outras modalidades, piscina, edifícios administrativos, telecomunicações, guest houses, etc., património sob tutela da máquina burocrática do governo, antigos funcionários da companhia de diamantes, empresas públicas e privadas.
Um dos debates hoje, à boca pequena, que os governantes e
responsáveis da ENDIAMA (empresa herdeira do espólio da DIAMANG) não fazem em
público é: Será que o Governo devolverá à Endiama o património por si ocupado, uma vez terminada a nova Cidade que se ergue à sul da actual urbe?
Olhando para a história, o Decreto Lei que em 1978 dividiu a
província da Lunda em duas (Lunda Norte e Lunda Sul) dizia que a Lunda Norte
teria a sua capital erguida em Lucapa, sendo Dundo sede provisória até à
consumação daquele desiderato. Um sonho de Agostinho Neto que já não tem pernas
para andar, uma vez que uma nova cidade está a nascer a pouco menos de 2 quilómetros
a sul da histórica cidade do Dundo.
Nota de realce: Com canteiros de relva que lembram a inveja que provocava a outras urbes, Dundo tem semáforos para melhor orientar o transito e os "motoqueiros" demonstram conhecer as regras de trânsito, respeitando as passadeiras e as perdas de prioridade nos acessos principais.
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Tb Publicado pelo JOrnal Popular
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