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segunda-feira, julho 19, 2010

OBRAS PÚBLICAS: TUGAS RIEM ATÉ RASGAR A MANDÍBULA

Dizem dois adágios populares que: "quem ri depois ri melhor" e que "o barato sai caro".

Em tempos contou-se uma anedota que rezava o seguinte: "um organismo público lançou um concurso público e dele responderam três empresas distintas, sendo uma chinesa, uma portuguesa e outra angolana. Convocados a apresnetar técnicamente e defender os custos propostos o representante português começou por explicar que a obra proposta teria uma vida útil de 50 anos, material e acabamentos de primeira classe e um custo de 6 milhões de dolares. O contratante achou o valor bastante elevado e mandou embora o tuga.

Chamado o chinês, explicou, por sua vez, que faria uma obra de qualidade média (omissas as qualidades dos materiais e vida útil) com um custo de 3 milhões de dolares. O contratante olha desconfiado pelo preço do avançado pelo asiático e manda-o embora, prometendo contactá-lo no fim das avaliações.

O terceiro homem era angolano e este propões um trabalho de alto padrão com acabamentos nunca vistos e duração infinita... blá, blá, blá (como sempre), ao custo de 9 milhões de dolares americanos. O contratante estupefacto pergunta por que razão o português pedira 6 milhões, o chinês, 3 milhões e ele o triplo, ao que respondeu:

_ Dr., serão três milhões para si, três milhões de lucro para mim e três milhões para o chinês que será subcontratado para fazer a obra!".

Sem mais quês nem porquês, o angolano firmou o contrato e aí estão os resultados: Fissuras trás de fissuras nas obras recentes, feitas por chineses e angolanos-chineses (coligados), enquanto as obras portuguesas do tempo de kaprandada estão aí de pedra e cal.

Para além do caso bem conhecido do "nado morto" Hospital Geral de Luanda, que ruiu em menos de 4 anos, visitei um hospital público do nordeste angolano, onde o anexo que tem menos de 4 anos já apresenta fissuras enquanto a parte antiga, deixada pelos tugas anda aí sólida e a espera apenas de pintura e pequenas adequações.

Se no princípio os tugas se achavam algo discriminados nas contratações de empreitadas por verem as preferências transferidas aos nossos amigos do oriente, agora riem-se que se fartam das nossas desgraças causadas pelo nosso imediatismo, ambição desmedida pela "comiss(ch)ão", e outras manias.

E agora?

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou tuga e não me rio do que se passa nestes casos em Angola. Feliz ou infelizmente faz parte do processo de aprendizagem e de crescimento de um grande País no qual acredito. Parabéns pelo blog e boa sorte para Angola!

O Sousa da Ponte - João Melo de Sousa disse...

Também acho que não é motivo de riso.
São os problemas da falta de experiência.
Portugal em tempos também cometeu os mesmos erros.