Naquele tempo, as estradas ainda pareciam largas, pois contavam-se os que possuíam carros próprios. O da Redacção ainda recolhia e distribuía.
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1 ano sem ti |
_ Cidadão, conduzes, não é?
_ Sim, chefe!
_ Sim! _ Menti-lhe.
_ Então vem comigo.
Fomos à estação de serviço, perto da RNA, pegar o carro que fora higienizado. Ele estava a conduzir um outro emprestado. O trajecto era do Alvalade às proximidades do Vila Clotilde (Rua da Liga). Passámos perpendicularmente pela Sagrada Família, não entrei pela F. Weliwítschia. Eu à frente e ele atrás. Buzinou-me. Transpirei. Peguei a rua seguinte e segui até à casa em que ele vivia.
_ Cidadão, não basta saber acelerar e travar. É preciso conhecer a cidade. As rotas mais curtas. Percebes?
_ Sim, chefe!
Com seu braço longo, pousou sua mão sobre meu ombro. Senti o apreço. E era sem preço.
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