A ttopografia de altitude com vales aonde se fundam as aguas pluviais. A estrada parece rasgar um sopé. As casas foram esplendorosas num tempo que só os idosos sabem contar. Para as criancas e jovens deste tempo, Viçosa parece parada ou a andar (ainda) a passo de camaleão.
_ Ó filho, a aldeia começou a surgir somente assim. Vinha colono e se instalava. Primeiro fazia fazenda. Ia buscar pessoal no sul para plantar café. Quando já tinha produção, ia buscar mulher e os filhos. Se fosse solteiro procurava já casar. Quando voltassem para a terrw deles vianham com mais alguem: o cunhado, o irmão, o primo, o condenado etc. Mas nós nãosabíamos isso de colonos condenados na terra deles que vinham aqui nos mandar como se fossem gente limpa. Só mesmo a cor deles de brancos é que nos atrapalhou até rebentar o sessenta e um. Como estava a explicar, a primeira casa era na fazenda. Começava pequena e depois fazia já grande, tipo no Puthu, com adobe quaimado e rebocado ou mesmo tijolos da cerâmica e telha por cima. Quando os filhos já não podiam ficar na fazenda, por causa do estuso, começaram a construir casa na aldeia civilizada, aqui já. Depois veio mais brancos, mais brancos, mais brancos até Viçosa ficar assim (aldeia grande). Até o próprio nome, eles é que deram. Parece que havia nome igual lá no Phutu.
O meu narrador é um idoso de aproximadamente 80 anos que jura ter visto a "Viçosa crescer" e os brancos a enriquecer.
A aldeia Viçosa fica no caminho da antiga Carmona, cidade do Uige.
Tirando tímidas novas edificações, ela está praticamente "tal qual o colono a deixou", o que não deixa de ser um elogio.
No dizer do mbuta munthi Mpevo, "muita coisa desandou e nem sequer as pinturas, janelas, torneiras ou os pavimentos das antigas casas bistosas foram conservados e ou repostos". Apenas a Total vistoriou a Vila comunal e ergueu, de raiz, um posto de abastecimento de combustíveis que reclama ainda por energia da rede pública para conter os gastos com o gerador de energia que acciona as bombas.
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