O jovem na foto é Joaquim Vita Jorge, natural de Benguela, onde aprendeu a esculpir na areia com o "mestre Fernando", um angolano.
Joaquim faz as suas esculturas de areia há nove anos (sendo 4 anos em Benguela e outros 5 em Luanda).
A entrada da "Ilha" de Luanda (junto à Casa do Desportista) e no Ponto Final têm sido os seus locais predilectos.
"As pessoas ficam impressionadas, fazem fotos e aqueles que gostam da arte e têm dinheiro dão alguma coisa", avançou o "artista", acrescentando que "dá para comprar pão e, às vezes, fuba e conduto".
Tem sido nos fins-de-semana que mais recebe ofertas, todavia "depende da qualidade dos visitantes". Os turistas estrangeiros, regra geral, são os que mais "peso" colocam no seu "balaio". O "mestre" Vita levou 1 ano a aprender a fazer as estruturas e confessa que "cada obra é uma nova aprendizagem" que o leva a aperfeiçoar os detalhes e a encurtar o tempo.
Claúdio, 19 anos, sem registo de nascimento, é aprendiz há um mês. A sua tarefa é retirar água salgada do mar e ajudar a molhar a areia, antes da modelagem. Contou que já vai fazendo algumas pequenas coisas. Cláudio diz que, se nada o atrapalhar, poderá também ganhar autonomia em um ano.
Aproximando-se a Páscoa, data memorável para os cristãos, encontrei Joaquim Vita Jorge e o seu ajudante Cláudio a esculpirem o "último repasto" entre Jesus e seus mais dilectos discípulos, uma obra que pode perdurar perto de duas semanas, sendo tempo de calor.
"Em tempo seco, as esculturas em areia podem estar intactas até 2 meses", segundo os "artistas" que podem ser localizados no "Ponto Final da Ilha" de Luanda ou Farol da "Ilha".
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