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domingo, abril 01, 2012

DEZ PERGUNTAS AOS POLITICOS ANGOLANOS

1- Do pouco que sei e ouviu sobre a CASA do Abel Chivukuvuku, a formação assume-se como "um partido do centro. Um ponto de convergência entre os não radicais da esquerda (perdsonificada pelo Mpla) e da direita (personificada pela Unita). Haverá nestes dois partidos e outros periféricos tantos “vira Casaca” para encher a Casa de Abel?
2-      Das poucas passagens que retive até hoje de políticos da Unita uma delas foi do Paulo Lukamba” Gato” que ainda nos tempos do “aço quente”, numa entrevista sobre possíveis negociações com o governo, dizia que “A política é a arte do possível”. Quero aqui fazer uso desta tirada para questionar que possibilidade terá Abel Chivukuvuku para fazer casamentos que lhe venham a encher a casa e obter votos para chegar ao poder?
3-      Ouvi, em tempos Abílio Kamalata Numa, discursando em Benguela para seus militantes nos seguintes termos: “Se o regime ajudou a criar a casa então que case com ela e dê os seus militantes”. Até que ponto a casa afectará o MPLLA depois das deserções já criadas nas hostes do Galo Negro?
4-      E, atendendo que “a política é a arte do possível” Quererá o Partido tri-color (vermelho, preto e amarelo) buscar uma aliança com a CASA de Abel só para reduzir o Galo a “churrasco”? Pretenderá o aspirante a Presidente de Angola, Abel, aceitar um possível aceno do M que lhe pode inibir de chegar à Cidade Alta?
5-      Depois de casamentos e concubinatos já visíveis como os que unem MPLA/ND, MPLA/FNLA-NGONDA que outro(s) enlace(s) podem conhecer a nossa política nos poucos dias que faltam para o tiro de largada para as eleições?
6-      Quem dos contendores da FNLA (Ngonda e Kabango) levará a FNLA às eleições depois do que se vem passando na Assembleia Nacional e Comissão Nacional Eleitoral, onde Ngonda, apesar de ser o presidente de jure, não tem representante que lhe preste obediência?

7-      Depois de ter sobrevivido à extinção compulsiva face ao fracasso das últimas eleições em que não pôde eleger sequer um deputado, terá o PDP-ANA do finado Mfulupinga Landu Victor pernas para mais uma corrida?

8-       Quem esteve atento ao que se passou no Senegal, onde o velho Abdulaye Wade foi copiosamente derrotado na segunda volta depois de ter aparecido à frente da contagem da primeira volta, terá notado qual foi a estratégia da oposição daquele país. Unir-se em torno de um para mudar o status quo. Que cogitam os nossos actores políticos da oposição?

9-      Olhando para o M, que a meu ver vai muito bem na sua “preparação física” para a próxima "maratona", noto a ausência apenas dum assumido/declarado delfim para suceder/coadjuvar o Candidato Natural daquela formação. Até que ponto essa situação poderá ou não refrear/animar a tendência de voto para o “Glorioso”?

10-  Depois dum finca-pé entre oposição e Mpla sobre a indicação da presidente da CNE que condicionou, por outro lado, a indicação e tomada de posse dos representantes da UNITA PRS e FNLA à CNE, as últimas noticias (vindas do Parlamento e na voz de Emílio Homem à TPA) apontam para uma cedência ou desistência da oposição quanto ao finca-pé que vinham fazendo. Primeiro foi o Tristão da FNLA que decidiu retomar o seu assento na CNE onde ele e companheiros da “oposição radical” terão ficado sem ordenados (porque quem não trabalha para o povo não deve ganhar dinheiro do povo). Terá sido o não pagamento dos USD 10 mil de ordenado aos Comissários faltosos que forçou o regresso aos trabalhos?

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