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segunda-feira, junho 06, 2011

UMA CASA COM VISTA PARA O LAGO

Da parte de cima da minha casa vê-se um "lago" sazonal que acumula milhares de hectolitros durante o tempo chuvoso. A vala que carrega as águas pluviais de quase toda a cidade de Viana passa a 3 metros do muro do  meu quintal, tendo me provocado, ainda no ínicio das obras, um dissabor: a terra tinha sido arrastada e os pilares suspensos. Felizmente pude, com jeito e dinheiro, minimizar a situação que levou ao desalojamento de muitos ex-vizinhos.

Mas o motivo desta prosa é a solução para estancar ou erradicar o "lago" que não fica distante da estrada principal Viana/Luanda (Deolinda Rodrigues), entre as ditas "bombas dos mutilados" e a Comarca de Viana. Dizia eu que do piso superior da minha casa vejo um lago por onde se acumulam todas as águas e algum lixo também. Sorte ou azar, a vala, junto a minha casa, que possuia uns três metros de profundidade está agora razante devido a acumulação de sedimentos arrastados ao longo do  curso de água, o que pode, com o decorrer dos anos, meter as casas mais próximas e, quiçá, também a minha dentro do "lago". 

Uma tarde dessas, de sol intenso, apareceram seis homens da administração municipal de Viana e da EDURB (empresa provincial de Luanda que responde pelas infra-estruturas básicas) para ensaiar soluções. Os homens percorreram o "lago" lado a lado, tomaram anotações, fizeram fotografias e foram embora, sem nunca voltarem ou ao mínimo dizer aos expectantes moradores o que seria daquele espaço. E, vão brotando boatos: uns dizem que o "lago" será enterrado e no espaço nascerá um condomínio milionário. Outros "sabulam" que vão fazer canais de drenagem que levarão quelas águas à vala do Kalemba II. Outros ainda cépticos como sempre, vão apregoando a célebre frase de São Tomás de Aquino " Ver para crer". É nesse grupo me coloco.

Qualquer uma das soluções implicará tecnologia, ciência e dinheiro. Algumas casas serão sacrificadas, para além das que já deixaram de existir, e os seus donos terão o Zango como poiso.

Enquanto não vier a solução definitiva para as águas pluviais de Viana que desaguam no "lago" do meu bairro, vou contemplando, do cimo do meu cubículo, o "lago" a a almofada de areia que anima os kandengues em apetitosas "fimbas" quando não improvisam uma carcaça de arca frigorífica para brincar de canoa. E os sapos e as rãs vão também multiplicando as suas populações que inundam com daquele desagradável quachar todas as noites escuras.

1 comentário:

Anónimo disse...

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