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terça-feira, março 09, 2010

ESTÁ DIFÍCIL ABASTECER GERADORES EM LUANDA

É noite em Luanda. Em cada esquina, em cada quintal ou terraço há uma máquina barulhenta que deita consideráveis quantidades de CO2 à atmosfera. São os geradores que há muito substituiram, na zona periurbana e até mesmo urbana de Luanda, a distribuidora de electricidade, enquanto fonte primária deste serviço.


Hoje por hoje, usando uma máxima desportista, "o atirar da toalha ao tapete", por parte de quem de direito, no que diz respeito à distribuição da energia electrica, ilustra de forma bem clara a tendência das coisas para o pior. É daí que temperados para enfrentar grandes sacrifícios, mesmo em tempo de carência financeira, os luandenses e angolanos em geral haviam consentido em iluminar as suas residências, conservar os seus bens de consumo perecíveis e informar-se graças à ajuda dos “fofandós”.

Tinham-se também habituado a ignorar o barulho de muitas máquinas ligadas em simultâneo, resistir à acção nefasta do CO2 e submeter-se ao elevado custo da gasolina, do óleo lubrificante e das manutenções preventivas e correctivas dos geradores, até que um “chico-esperto” decidiu lavrar uma engenhosa proibição da venda de gasolina, em recipientes, em todos os postos instalados no casco urbano (excepção seja feita à Viana onde a ordem não teve acolhimento), mesmo que sejam singulares, transpostados em viaturas e com o fito único de alimentar os depósitos das agora transformadas em “fontes primárias de electricidadede” no país.

Com esta proibição, fecham-se serviços e pequeas indústrias que funcionem à base de geradores eléctricos de pequeno e médio porte. Priva-se também os cidadãos do pleno usufruto do direito a uma vida urbana e sadia (com direito à informação e lazer).

Sugerir que se levem os geradores de energia eléctrica aos postos de abastecimento de combustíveis ou que se desmontem os seus depósitos para serem enchidos nas "bombas" é, a meu ver, o cúmulo do absurdo. E é o que acontece pela cidade capital, quando que andando pelas ruas, cuzamos com centenas e centenas de carrinhas e ciclomototores carregados de comustível para a revenda na candionga realizada nas barbas dos agentes da ordem económica e das demais autoridades.

Que se indiquem os locais onde os moradores da cidade possam bastecer os seus recipientes ou que se dê energia eléctrica de qualidade e quantidade, cuja limitação seja apenas pelo poder aquisitivo, e que nos façam esquecer o incómodo barulho dos geradores nos terraços e outras dependências dos edifícios urbanos... Ou então um dia veremos nas ruas da Marginal, Direita de Luanda, Ho-Chi-Mim e outras nascerem pontos clandestinos de revenda de combustível, à semelhança do que acontece pelos musseques, o que seria muito mau para a imagem dum país que se publicita como dos melhores, aos quatro ventos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tàs a ficar esperto.
o fumo dos geradores fofandós provoca cancro.

Anónimo disse...

Tàs a ficar esperto.
o fumo dos geradores fofandós provoca cancro.

Anónimo disse...

com tantos rios era fazer uma barragem cada ano