O processo de destruição dos ecossistemas naturais em larga escala tem uma série de consequências socio ambientais negativas.
A importação de tecnologia obsoleta e altamente poluidora. A instalação de indústrias que funcionam ainda à lenha lançando para a atmosfera consideráveis quantidades de CO2. O abate desenfreado de árvores para a obtenção de lenha e carvão vegetal. O abate de árvores para a exploração de recursos minerais sem a consequente compensação (destruir num sítio e replantar noutro). A contaminação de águas fluviais, subterrâneas e marítimas bem como dos solos agricultávies. A instalação de pedreiras e outras indústrias poluidoras ligadas à construção civil junto a conglomerados humanos, a destruição de árvores para fins múltiplos sem a consequente re-arborização e ou compensação, entre outros, podem constituir-se em acções perniciosas ao futuro da humanidade. Daí que surge no dicionário moderno um novo vocábulo: ecossídio que é o aniquilamento do ecossistema.
Basta olhar para as nossas árvores quase sem pássaros neles a contarolar; as nossas matas sem fauna e os nossos rios e mares quase sem cardumes, para levarmos a mão à consciência ambiental e começarmos a reduzir o que esbanjamos, reaproveitar o máximo possível, reutilizar o máximo possível e repor ou compensar naquelas áreas em que é possivel regenerar.
Antes que o mar comece a rejeitar os detritos que nele todos os dias fazemos desaguar, e estes se voltem contra nós, é preciso rever a nossa conduta e encontrar meios expeditos de tratamento das águas e outros detritos residuais.
Antes que as florestas se tornem desertos, criando-se em todos os cantos ravinas que ameacem as nossas casas, antes que as terras se ressintam do permanente uso inadequado, antes que os rios se ressintam dda contínua poluição das águas pensemos no que herdamos e no que deixaremos como herança dos nossos filhos.
Uma das mais recentes iniciativas dos países industrialmente avançados para minimizar este impacto com a participaçao de todos, tem sido a implementação de políticas públicas que envolvem a participação da comunidade. Esta participação tem trazido resultados no campo social e de construção de processos políticos muito superiores a outros modelos organizacionais de perfil tradicional, como os burocráticos e os paternalistas clientelistas.
Publicado pelo Semanário Económico (Angola) de 11/02/2010
* lcanhanga@hotmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário