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quinta-feira, agosto 06, 2009

CALMANTISMO: UMA NOVA "CIÊNCIA" ANGOLANA

Calmante: é a expressão usada nas lides juvenis inistruídas para designar aldrabices ou inverdades. E quando os calmantes se tornam tantos, de uma só vez, a arte de os inventar ganha o nome de calmantismo.

No nosso país, os estudiosos, sociologos e os psicólogos deviam ser chamados a desenvolver reflexões aprofundadas sobre as causas, consequências e implicações do calmantismo no esteio daquilo que é o país que se pretende.

Para tudo e nada há um calmante e vindo de onde jamais se esperava. Hoje, chega-se ao ponto de se condenar o realismo do que o calmantismo. Mentir passou a ser uma arte com direito ao cultivo e perpectuação. Vejamos:

Durante os mais de vinte anos da construção da barragem de Kapanda, em Malanje, sempre se disse, e bem alto, que o problema do fornecimento da energia eléctrica às cidades de Luanda, Ndalatando e Malanje seria resolvido tão logo fosse inaugurada a dita barragem. E os angolanos, pacientemente, de calmante em calmante, foram aguardando até ao dia do corte da fita. Fizeram-se festas, compraram-se electrodomésticos porque se julgava que o sofrimento tinha conhecido o seu fim. E o que se disse de novo, quando na verdade a energia nem chegou a Luanda nas quantidades e qualidade prometida anos a fio?
_”Faltam linhas de transportação”!*

Terá sido este o verdadeiro motivo ou foi mais um calmante?
Quiseram as empresas de telefonia correr mais para a quantidade do que a qualidade. O número de clientes sedentos de comunicar fez com que se acumulasse, em pouco tempo, avultados lucros. Porém o angolano começa a despertar e a pensar nos seus direitos não usufruidos, como o elementar direito de poder manter uma comunicação eficaz com quem se queira, o que não acontece nos últimos tempos. Vem daqui mais um calmante.
- “As telecomunicações em Angola só terão qualidade quando Angola dispor de um satélite próprio”, cujo lançamento está previsto para daqui a 3 ou 4 anos.

E pacientes vamos aguardar que tal aconteça, descansando em boa sombra aqueles que nos cobram "serviços sujos" a preço de ouro. Aguardemos que Angola tenha um satélite e que nos dêem, no fim, um outro calmante que deve estar já na forja. É isso o que se chama a arte do calmantismo.


Luciano Canhanga

5 comentários:

Anónimo disse...

Mais um calmante.
"grão a grão enche a galinha o papo".
"saber esperar é uma grande virtude".
Eu direi:
De promessa em promessa se cansa o povo.
O tempo de espera também cansa.
Um Abraço
S.S.

Ana Casanova disse...

É devagar, devagarinho..e com muitos calmantes!
Infelizmente é a realidade.
Beijos Luciano.

Anónimo disse...

conheco uma historia semenhante a esta. so que nao e a nivel nacional esta e a nivel profissional.

um dia DG apereco e deu uma dica/promessa quando a outra Central arrancar as coisas vao melhorar, a central arranco e tudo continuo, entao veio uma outra promessa, quando o sestema de aquele de transporte automatizado arrancar as coisas vao melhorar, o sesmo arranco e nada depois veio a outra, o programa de compentencias e carreiras para substituir o classify depois o SAP,depois as tercerizacoes e eu sempre a espera sorridente.

K.A

Angelino disse...

Julgo não ser um calmante:
Talvez mais um analgésico.
Mas será que o povo ainda gosta de promessas.
Um abraço.
Angelino Neves

Anónimo disse...

ESTÁS FICAR ESPERTO. Siga o Ismael Mateus.