“Angola sempre apoiou a África do Sul nos momentos mais difíceis, os angolanos consentiram muitos sacrifícios e apoiaram-nos muito na luta contra o regime do apartheid, daí que estamos aqui para dizer obrigado ao povo angolano e ao MPLA"(J.Z. 20/08/2009).
Angola é hoje, na Geopolítica regional, africana e até mundial, um lugar para onde convergem interesses e alianças múltiplas. O nosso petróleo que agrada chineses, americanos e europeus; as nossas terras virgens e aráveis; os nossos rios ricos de peixes e diamantes; os nossos mares repletos de peixes; as nossas minas ricas de minérios e virgens de exploração; as nossas florestas robustas de madeiras; o nosso turismo portentoso; o nosso desporto a somar títulos e a acolher eventos, enfim. É por tudo isso e muito mais que todos querem cá vir: ver, ouvir e tirar, caso possam. Mas estamos atentos.
Depois de Medvedev da Rússia, Castro de Cuba e da “Braço direito” de Obama, Hilary Clinton, eis chagada a hora do poderoso do Sul, Jacob Zuma.
Depois de Medvedev da Rússia, Castro de Cuba e da “Braço direito” de Obama, Hilary Clinton, eis chagada a hora do poderoso do Sul, Jacob Zuma.
Homem que já cá estabeleceu quartel (Kibaxi-Bengo) no tempo dos "carcamanos", quando a libertação do povo sul-africano do jugo do apartheid era um dos “objectivos da nossa luta”, Zuma veio com dois disrcuros: Dizer que é amigo de peito de Angola e ver também alguns deslizes em que a sua potência regional se possa afirmar cada vez mais. É que não se podem conhecer os fortes e baixos do vizinho se com ele não nos relacionarmos.
Enquanto trabalhei como jornalista o meu primeiro contacto com JZ foi aquando da sua visita a Angola, no tempo em que este era vice de Mbeki. Foi numa altura em que pairavam informações sobre “uma crispação nas relações políticas e económicas entre os dois Estados”, motivado pela afirmação de Angola no constexto regional, fruto da conquista da paz e dizia-se que “Paz para Angola era sinal de incómodo para muitos”. Zuma e dos Santos juraram-me de pés juntos que “não havia e nunca houvera crispação nas relações” porém, cá fora dos palácios e da diplomacia oficial as coisas continuaram com o mesmo ciúme. Terá este incómodo passado estando Angola a estender a sua zona de influência além congos?
Mas voltando à amizade que o animado Zuma tem por Angola, é de acreditar nele, tanto mais que os Camaradas de cá tudo fizeram para que superasse a ultrapassagem, pela esquerda, (o código automóvel da Africa do Sul admite pela direita) que Mbeki lhe havia feito desde os tempos do Velho Mandela. E cá esteve ele, esbanjando gratidão.
Enquanto trabalhei como jornalista o meu primeiro contacto com JZ foi aquando da sua visita a Angola, no tempo em que este era vice de Mbeki. Foi numa altura em que pairavam informações sobre “uma crispação nas relações políticas e económicas entre os dois Estados”, motivado pela afirmação de Angola no constexto regional, fruto da conquista da paz e dizia-se que “Paz para Angola era sinal de incómodo para muitos”. Zuma e dos Santos juraram-me de pés juntos que “não havia e nunca houvera crispação nas relações” porém, cá fora dos palácios e da diplomacia oficial as coisas continuaram com o mesmo ciúme. Terá este incómodo passado estando Angola a estender a sua zona de influência além congos?
Mas voltando à amizade que o animado Zuma tem por Angola, é de acreditar nele, tanto mais que os Camaradas de cá tudo fizeram para que superasse a ultrapassagem, pela esquerda, (o código automóvel da Africa do Sul admite pela direita) que Mbeki lhe havia feito desde os tempos do Velho Mandela. E cá esteve ele, esbanjando gratidão.
“O vosso país é nosso país e o nosso país é vosso país. Nós somos um só povo. Sinto-me em casa”. Palavras ditas em bom português, no fim do discurso proferido na assembléia nacional angolana pelo presidente sul-africano, JZ.
Esperemos que os discursos se reflitam em vantagens recíprocas para os dois povos que terão assim “mais um motivo para bater palmas”. Venham as livres entradas sem vistos nos referidos países de destino!
Quanto ao nosso presidente, o eng. Eduardo dos Santos trouxe a lume um novo facto político: "sufrágio universal directo, nas presidenciais, mas seguindo a fórmula sul-africana em que o presidente é eleito no parlamento". Só que aqui é diferente: o candidato presidencial vai a reboque do partido (como cabeça de lista) e se o seu partido ganha as legislativas ele é reconfirmado pelo parlamento.
E como ficam aqueles que sem estarem filiados a algum partido político querem chegar à Presidência da República?
Aguardemos pelos comentários e desenvolvimentos.
Aguardemos pelos comentários e desenvolvimentos.
Luciano Canhanga
2 comentários:
Amigo Luciano.
Vamos ver para querer,a verdade é que não existe razão para haver vistos entre dois povos vizinhos.
Só o tempo dirá se esta visita foi de fato proveitosa para o nosso País.
Um grande Abraço.
Angelino.
Eduardo dos Santos tem de encostar-se ao Partido para nao acontecer como em 92:Mpla ganhou com maioria absoluta e ele nem a 50 porcento. Savimbi é q foi burro, senao ainda ganhava a segunda volta.
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