Esse era e continua a ser o Slogan dos sionistas que dizimam os palestinianos (e outros povos do Médio Oriente) para se acapararem de suas terras natais.
Vejamos os factos históricos:
1. Os sionistas começaram a comprar terras na Palestina no final do século XIX, com o objectivo de estabelecer um lar nacional para os judeus, especialmente como resposta ao antissemitismo na Europa.
2. Os sionistas não eram nativos da Palestina, mas sim um movimento (de povos nascidos na Europa) que buscava a criação de um estado judeu naquele território (Palestina).
3. O Estado de Israel, ao ser estabelecido em 1948, não retoma o território do antigo reino bíblico de Israel em sua totalidade.
4. O movimento sionista, liderado por figuras como Theodor Herzl, surgiu como resposta ao crescente antissemitismo na Europa no final do século XIX. O objetivo central do sionismo era estabelecer um estado nacional para os judeus, e a Palestina era vista como o local ideal, onde o povo judeu tinha laços históricos e religiosos.
5. A compra de terras na Palestina por sionistas começou no final do século XIX e continuou durante o período do Mandato Britânico, com o objectivo de aumentar a presença judaica e expandir a propriedade territorial colectiva.
6. O Fundo Nacional Judaico e a Associação de Colonização Judaica da Palestina foram duas das principais entidades responsáveis pela aquisição dessas terras.
7. O movimento sionista, ao buscar a criação de um estado judeu na Palestina, enfrentou resistência e conflitos com a população árabe local, que já habitava a região.
8. Os sionistas frequentemente viam (e vêem) a população árabe como um obstáculo ao seu projecto nacional, utilizando slogans como "uma terra sem povo para um povo sem terra" para justificar as suas acções.
9. A chegada de mais e mais judeus à Palestina, impulsionada pelo sionismo, gerou tensões e conflitos com os palestinos, culminando na criação do Estado de Israel em 1948.
10. As fronteiras actuais de Israel são resultado de guerras, acordos e ocupações que se seguiram à sua criação. A disputa por território e o controle da região continuam a ser fonte de conflito entre israelitas e palestinianos, com diferentes interpretações sobre o direito à terra e às fronteiras.
11. A questão da Nakba (a "catástrofe" palestina, gerada pela expulsão e fuga de centenas de milhares de palestinianos após a criação de Israel) é um ponto central nas tensões entre as duas partes.
12. Quem é o intruso na Palestina?
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Fontes bibliográficas
1. Edward Said – A Questão da Palestina.
A obra desconstrói o discurso sionista e analisa criticamente o slogan em questão. Said argumenta que a frase nega a existência do povo palestino e serve como ferramenta ideológica de colonização.
2. Nur Masalha – Expulsion of the Palestinians: The Concept of "Transfer" in Zionist Political Thought, 1882–1948.
O historiador palestino documenta como o deslocamento dos árabes palestinos foi planeado e legitimado por discursos como o do “povo sem terra”.
3. Ilan Pappé – A História da Palestina Moderna: Uma Terra, Dois Povos.
O historiador israelita, oferece uma leitura crítica do sionismo e da fundação de Israel, incluindo a análise do slogan e da Nakba.
4. Rashid Khalidi –
Palestinian Identity: The Construction of Modern National Consciousness.
Explora como a identidade palestina se formou em resposta ao colonialismo e ao sionismo, com destaque para a resistência à narrativa de “terra vazia”.
5. Anita Shapira – Israel: A History.
Embora seja historiadora sionista, Shapira reconhece que o slogan foi amplamente usado no final do século XIX e início do século XX por sionistas europeus.
6. Nina Galvão – “Slogans da Memória: Pertencer e (R)existir na Palestina Histórica” (ANPUH, 2019).
Artigo acadêmico que analisa o slogan como dispositivo de memória e disputa simbólica entre sionistas e palestinos. [Leia o artigo completo aqui](https://www.snh2019.anpuh.org/resources/anais/8/1564758095_ARQUIVO_Artigofinal.pdf).
7. Walid Khalidi – All That Remains: The Palestinian Villages Occupied and Depopulated by Israel in 1948.
A obra documenta as aldeias palestinas destruídas durante a Nakba, desmentindo a ideia de “terra sem povo”.
8. Benny Morris – The Birth of the Palestinian Refugee Problem, 1947–1949.
Morris fornece dados empíricos sobre a expulsão dos palestinos, ainda que sua interpretação seja criticada por autores como Pappé e Masalha.
9. Artigo da Wikipédia – “Uma terra sem povo para um povo sem terra”.
Embora não seja uma fonte primária, o artigo oferece uma excelente compilação de usos históricos do slogan, desde o século XIX até os dias atuais, com referências cruzadas. [Leia o artigo](https://pt.wikipedia.org/wiki/Uma_terra_sem_povo_para_um_povo_sem_terra).
10. Artigo da Globo Educação – “Conflito entre Israel e Palestina”.
Apresenta uma visão didática e cronológica dos eventos históricos que culminaram na criação de Israel e na resistência palestina. [Leia o artigo](http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/conflito-entre-israel-e-palestina.html).
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