Comparando com dados demográficos de hoje, em 1975 éramos poucos e no início e metade da década de oitenta parecíamos igualmente poucos, talvez uns 8 ou nove milhões. A fertilidade e a natalidade estavam em alta, mas as mortes pré-natais, neonatais e de homens adultos tombados na tropa não ficavam atrás, justificando um saldo populacional com pouco crescimento.
Neste período, para as viagens e deslocações, os autocarros e os carros de instituições e privados também não eram tantos quanto são actualmente. Carreiras da EVA, ETP e ETIM e algumas rotas servidas com autocarros Keve e outras ainda com camiões e camionetas Bedford e Ifa, levavam-nos para todos os destinos do país, não nos importando tanto com a duração e comodidade das viagens.
Hoje, cresceu o número de transportadoras, a capacidade e comodidade dos veículos. Os destinos continuam os mesmos (pois o país vai crescendo apenas em termos de novas circunscrições e população que aumenta em quantidade e esperança de vida). Todavia, as vias mais próximas das cidades parecem ainda padecer de carência de transportes públicos.
O Kalumbu, por exemplo, pede de volta o seu comboio. A Funda e Kabiri também sentem saudades do seu comboio de então, movido a carvão, assim como o Kikolo se quer juntar ao Paraíso e Monte Belo, tal como a Samba quer ver pessoas a deixarem de ser levadas em triciclos motorizados e caixas de camionetas nos destinos para Morro dos Veados, Mundial, Aeródromo e Ramiros.
As pessoas são muitas, sim. As necessidades aumentaram, é verdade. Os desafios somam-se todos os dias. Precisamos, todos, é de multiplicar as soluções e cuidar do que já existe!
Sem comentários:
Enviar um comentário