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quarta-feira, janeiro 29, 2025

É PRECISO DIRECCIONAR O ENSINO À AUTO-SUFICIÊNCIA

A escola da aldeia de Pedra Escrita, no novel município da Munenga (região do Lubolu), possui três salas de aulas atendidas pelo igual número de professores que ministram aulas da iniciação à sexta classe.


Embora desde o final dos anos 70 aquela área tivesse sempre professores como José Borracha, Jorge Manuel Carlos e Zeferino Bernardo (seguindo-se outros em período mais recente), o que é caricato é que a produção de professores tem sido zero, com excepção do autor desta prosa que abandonou a região em 1984, ministrando aulas em outras paragens de Angola.
Os três "mestres" alocados actualmente naquela circunscrição são oriundos do Sumbe e Waku Kungu onde possuem as suas bases familiares. A consequência tem sido trabalharem 3 dias por semana, visto que descontam a segunda e sexta-feira para as viagens, restando a terça, quarta e quinta-feira. Pior do que isso, a aldeia não possui casas para professores e enfermeiros, passando-se o mesmo em relação ao Posto Médico que não atende aos sábados e domingos.

_ Os enfermeiros são da vila [de Kalulu] e só vêm na segunda para regressar junto de suas madames na sexta-feira. Acontece que a doença não escolhe o dia. _ Atirou o vice-soba da aldeia, em alusão ao fechamento das portas da unidade sanitária.

Mas, voltemos à escola. A meu ver, dois caminhos se podem desenhar para que aldeias como a de Pedra Escrita tenham autonomia em termos de professores e enfermeiros:
1- Um projecto gizado pela administração e comunidade que leve à selecção de seis a dez alunos locais que devem ser acompanhados e potenciados (psicológica e financeiramente) para que estudem até concluírem a 12ª classe e serem recrutados, posteriormente, como professores e enfermeiros locais.
2- Construção de casas de função para professores e enfermeiros, como forma de propiciar a mobilidade e instalação na aldeia de familiares de profissionais não locais, evitando-se as longas viagens e o absentismo ao trabalho.

Construir, nem que fossem apenas, 5 quartos com respectivos lavabos não seria uma empreitada impossível se a administração e a população estiverem a comungar ideias que levem a auto-suficiência e firmadas no futuro. Deve ainda haver no país gente solidária e com dinheiro que só precisa de receber bons e exequíveis projectos.

O professor Mateus António, 41 anos, é natural do Sumbe e trabalha na aldeia de Pedra Escrita há mais de seis anos. Comunga da ideia de que se a aldeia tivesse casa para professores, as suas idas à capital da província teriam diminuído, teria menos custos e a família podia repartir o tempo entre o Sumbe e a Pedra Escrita, admitindo mesmo a mudança de base familiar.

Falei-lhe e mostrei-lhe onde era a lavra do professor, no início dos anos 80 do século XX. Expliquei a minha própria experiência em que as manhãs de todos os sábados eram para a campanha escolar, dividindo os alunos entre as classes que faziam a limpeza da escola e cercanias e aqueles que iam à lavra do professor, pois este leccionava de segunda à sexta-feira e de manhã ao final da tarde, não lhe restando tempo para a horta. E todos íamos alegres à campanha.


_ Numa situação destas, ter casa, mesmo que fosse só um quarto, e um terreno para fazer uma horta, teríamos uma vida melhor. _ Desabafou Mateus António, esperançoso de que as minhas ideias e experiências "encontem eco e que alguém as oiça e materialize".

A propósito, a escola beneficia de obras (lentas) de restauro e os alunos e as carteiras "estão distribuídos pelas capelas do bairro", constituindo-se a adjacência da escola, envolto ao capinzal, em um defecatório público, dada a ausência da cultura de construção de latrinas.

A piorar a situação, em tempo de chuva, os dejectos são arrastados para a zona baixa onde foi construído o poço de água que acabou inundado. Como consequência, aumentaram as enfermidades, "destacando-se as tifoides, diarreicas e outras patologias causadas por parasitas", segundo o coordenador da aldeia que reforça que "a água que as pessoas consomem não tem condições sequer para tomar banho, devido a porcaria arrastada pela chuva e que inundou o poço que sustenta a aldeia".

Uma canalização, que retirava a água de uma montanha que dista perto de 3 quilómetros, foi esquartejada pela grade do tractor de um fazendeiro que, passados mais de 5 anos, ainda não foi responsabilizado a repor o bem público danificado, expondo a população a enfrentar dificuldades na obtenção de água própria para o consumo humano.


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Pedra Escrita, 25.01.25

quarta-feira, janeiro 22, 2025

A ETIM DE ONTEM E OS KALELUYA

Comparando com dados demográficos de hoje, em 1975 éramos poucos e no início e metade da década de oitenta parecíamos igualmente poucos, talvez uns 8 ou nove milhões. A fertilidade e a natalidade estavam em alta, mas as mortes pré-natais, neonatais e de homens adultos tombados na tropa não ficavam atrás, justificando um saldo populacional com pouco crescimento. 

Neste período, para as viagens e deslocações, os autocarros e os carros de instituições e privados também não eram tantos quanto são actualmente. Carreiras da EVA, ETP e ETIM e algumas rotas servidas com autocarros Keve e outras ainda com camiões e camionetas Bedford e Ifa, levavam-nos para todos os destinos do país, não nos importando tanto com a duração e comodidade das viagens. 

Hoje, cresceu o número de transportadoras, a capacidade e comodidade dos veículos. Os destinos continuam os mesmos (pois o país vai crescendo apenas em termos de novas circunscrições e população que aumenta em quantidade e esperança de vida). Todavia, as vias mais próximas das cidades parecem ainda padecer de carência de transportes públicos. 

O Kalumbu, por exemplo, pede de volta o seu comboio. A Funda e Kabiri também sentem saudades do seu comboio de então, movido a carvão, assim como o Kikolo se quer juntar ao Paraíso e Monte Belo, tal como a Samba quer ver pessoas a deixarem de ser levadas em triciclos motorizados e caixas de camionetas nos destinos para Morro dos Veados, Mundial, Aeródromo e Ramiros.

As pessoas são muitas, sim. As necessidades aumentaram, é verdade. Os desafios somam-se todos os dias. Precisamos, todos, é de multiplicar as soluções e cuidar do que já existe!

quarta-feira, janeiro 15, 2025

CARNE COM 14 GRAUS

Na tropa tuga que os acolheu pela primeira vez, Serpa Pinto era cidade demasiado pequena para que dois jovens educados em missões protestantes não se reconhecessem.

_ Nasci em Ekovongo e cresci em Kamundongo. _ Apresentou-se o cabo Sabino ao cabo Coimbra. Corria o ano 66 do séc. XX. Os Movimentos de Libertação Nacional surgiam como cogumelos influenciados pelo fim da IIGM e conferencia de Bandung, com os ex-militares a vomitarem novas ideias jikulamesistas nos países de origem.

_ Também sou protestante de Cisamba e tenho a vida académica feita no Ndondi (ex Bela Vista, hoje Kacyungu). _ O aperto que se seguiu à apresentação dos dois cabos bienos, dois anos de diferença, foi como a bala de G-3 alojada na caveira dum insurreto. Assim eram as orientações salazaristas e thomazistas naqueles tempos "para Angola e em força" a fim de manter "a joia da coroa lusitana em África" onde enfrentavam, a par da Guiné de Amílcar Cabral, umas das mais duras e desgastantes guerrilhas. "Alojar a bala na caveira dos patrícios e fazê-los temer a nossa autoridade e poder", ordenavam os furriéis à praça formada por nativos e lusitanos chegados em aviões e navios metropolitanos.

Coimbra e Sabino enfrentaram com valentia e sabedoria os dois anos de tropa tuga até chegar a dispensa para a vida civil, cumprindo ou esquivando ordens para que não fossem submetidos a castigos nem tidos como subversionistas. Por outro lado, evitando também o confronto directo com os seus irmãos que nas matas e nas chanas lutavam com kanyangulu e mwana-kaxitu para dar fim ao poder do fascista Salazar e seu presidente peão, Américo Thomaz, das terras de Ngola, Ya Ndemufayo, Wambu, Ndulu yo lo Sima, Cinyama, etc.

Transcorreram os 48 meses esquivando uns e outros, embora o coração fosse revoltoso. Terminada a missão militar, Coimbra acabaria por alistar-se num curso de enfermagem.

_ Único caminho que tenho p/ ajudar a revolução é curar os populares e os compatriotas deixados feridos pelo calor da refrega. _ Disse para si mesmo no dia da decisão. E fez o curso geral de enfermagem, ano e meio, em Nova Lisboa. Seguiu depois para Kamanonge, distrito de Moxico.

Sabino seguiu-lhe no sonho, embora nada houvesse de acerto entre ambos. 

_ Agora que já não estou a servir vou me enquadrar no Movimento.

Tentou fazer-se à estrada até atingir a vila Teixeira de Sousa. Espinhos eram muitos e poucos com histórico militar transpunham as barreiras. Já um ano tinha voado, depois da dispensa da vida militar. 

_ A revolução também se pode fazer na recta-guarda. _ Assim pensou e procedeu sem demora. Enquadrou-se no curso geral de enfermagem e o destino levou-o igualmente a  Kamanonge, onde viria a reencontrar o seu antigo colega e conselheiro Coimbra.

Quando se avistaram pela primeira vez, em Serpa Pinto (hoje Menongue), Coimbra já era pai de segunda caminhada. Sabino ainda sonhava com a noiva deixada intacta em casa do padreMaurício,irmão de Argentina. Mal tinham começado a garinar o jovem, segundo ano do liceu concluído, foi forçado a enquadrar-se na tropa de ocupaçao colonial.

No reencontro de Kamanonge, Coimbra ia em três rebentos, enquanto Sabino contava dois filhos: Sozinho Kanyimonjo e Wandalika Kolohali.

Estavam no berço da revolta contra o sistema colonial. A proximidade com a Rodésia independente e permissiva aconselhava o recrudescer dos combates e até facilitou o surgimento do kasule entre os Movimentos guerrilheiros anti-salazaristas em Angola.  Coimbra na chefia da delegacia da saúde de Kamanonge recebeu o neófito Sabino que se fazia acompanhar da prole e companheira. Surgiram outros anos de companheirismo e cumplicidades entre duas famílias. Durante o sol atendiam os colonos e aldeões da circunscrição e, às noites, os "irmãos kambutas"que abundavam nas chanas trafulhosas do Leste.

Chegou a Revolução dos Cravos. Salazar já pagava pelos pecados e Caetano, seu substituto na ditadura primo-ministerial, via o diabo a assar "joaquinzinhos" em lume brando. 

_ Independência chegou! _ Gritaram as colónias. Negociações à mesa, 14 anos depois do início das nvundas do tunda mindele. Coimbra volta a Silva Porto e Sabino enfrenta a traição rasteira de irmãos de sangue e sofrimentos perante o chicote colonial.

_ É ovimbundu, é colaborador. _ Sem mais nem menos acusaram-nos com sede de lhe tomar a cadeira na delegacia deixada por Coimbra transferido. Preço da revolução feita sem cérebros encanetados. Fugido das masmorras pidescas, à cadeia disesca foi entregue, acusado de traição.

_ Nunca estive com eles. Nunca me simpatizei com eles. _ Defendeu-se perante uma acusação que não permitia advogado. Sol aos quadrados viu. Até estrelas depois de competentemente sovado. Resistiu à tortura e morte. Viu companheiros de desgraça, acusados de colaboracionismo com o Terceiro Movimento, partirem para nunca mais se ouvir falar deles. Com o passar do tempo, recebeu outros parceiros de sofrimento, rusgados na refrega inglória do 27 de Maio de 1977. Muitos deles seguiram o rasto dos primeiros. Desapareceram de dia para noite sem deixar rasto. Quando o sino da liberdade tocou, voltou à urbe nativa, fundada por Silva, o do Porto, onde voltou a encontrar o seu amigo e companheiro de todas as caminhadas que fora transferido para o confiscado hospital missionário de Kamundongo.

Vivem hoje aposentados, cuidando de netos a quem contam a cada sol um episodio, fazendo-lhes companhia a "pomada", as cicatrizes e as memórias.

_ Então, compadre, o que será hoje o nosso almoço? _ Perguntou Sabino na pele de visitante, enquanto ajeitava a sacola em que acomodava o galo trazido da fazenda.

_ Catorze graus, com carne e pirão. É tempo de independência, compadre. _ Respondeu Coimbra.

Rodeados por filhos kasules, sobrinhos e netos comuns, Coimbra e Sabino abriram seus livros de memórias que os descendentes foram anotando e mentalizando com atenção.

_ Vovôs, vamos escrever um livro com vossas recordações. _ Verbalizou Any Bingo, uma neta comum.

A cabidela foi regada com vinho tinto de 14 graus enquanto os mais novos festejavam com kisângwa.

quarta-feira, janeiro 08, 2025

AFUGENTAR PÁSSAROS & FORMATAR A EQUIPA

Já alguma vez se questionou "o que vai mal para que seus filhos/liderados não façam o que você ensina todos os dias?"

Acontece que, às vezes, passamos a vida toda a ensinar a mesma coisa sem que a equipa atine.

Vezes há em que eu mesmo desabafei que "ensinar também cansa!". 

Porém, a sabedoria recomenda "que ninguém se canse de ensinar", pois, "se o lavrador não coloca espantalho todos os dias à volta e dentro da lavra, os pássaros tomam conta dela"!

Aprendi essa máxima com a D. Maria de Lourdes Maria De Lurdes Bartolomeu que a ouviu de sua progenitora. Refleti sobre o seu alcance e revigorou-me, trazendo-a aos meus leitores.

É preciso "colocar sempre espantalhos para afugentar os pássaros". É preciso ensinar sempre até que se atinja o bem-fazer/bem-ser.

MEMÓRIAS DE KUTEKA E PEDRA ESCRITA

A 25.01.25, cruzei, próximo da aldeia de Pedra Escrita, com uma parente que não conhecia. É neta ou bisneta do "Velo Xingwenda" [Velho Cinquenta], parente da minha mãe.

Quando me foi apresentada pelo mano Gonçalves Manuel Carlos, recorremos à árvore genealógica para nos situarmos e, mesmo nunca me ter visto antes, quando se apercebeu que eu era filho da "avó Maria Canhanga", começou a recitar uma música dos tempos de xilimina [folguedos] dos anos 90 do século 20 e que fazia alusão a mim.

"Kajila bera mwititu twazeketu (3x)"[Passarinho diga, vamos pernoitar no ninho].

Em menos de 3 meses, na aldeia de Mbango yo'Teka, foquei imortalizado e recordado por pessoas que nasceram décadas depois de eu ter por lá passado, de Janeiro a Março de 1990, fugido da Unita que me correra de Kalulu e, semana depois, da aldeia de Pedra Escrita.

A jovem, parecendo minha mais velha (eu cinquentão e ela na casa de 30), lavava roupa, depois de ter preparado e posto a secar o bombó à beira da EN120. Eu, o mano Gonçalves, o Nelo e Páscoa fomos colher canas. A caminho da "kitaka" [horta] vi duas árvores que, na minha terra, atraem borboletas que nelas nidificam, surgindo, depois, os "mabuka" ou "katatu": uma é "munzaza" e outra, de folhas alargadas e em formato de coração dobrado em duas lâminas, é "ndolo".

Veio-me à mente outra canção do "xilimina" dos anos noventa:
"Moça mu kyanña ndolo, moça mu kyaña ndolo, mu kyaña ndolo we sosó lyamutema bwengi" [a moça, de tanto colher e usar lenha de ndolo, a fagulha atingiu-lhe a zona nevrálgica"].
Na verdade, a palavra, aqui convertida em "nevrálgica" é um impropério. Só os jovens embriagados de kapuka ou lyambados cantavam essa versão ao lado de adultos. O dislate era sempre substituído por um termo não agressivo.

Naquele tempo das rusgas e raptos [rusgas de jovens abrangidos ou não para o serviço militar obrigatório e raptos da unita], o que se cantava era a saudade dos que tinham partido e que deles não se tinha notícias e a reinvenção das vidas para enfrentar os dias duros de futuro imprevisível. E assim, enquanto se metaforizava nas canções como "sambwa li sambwa obuji yatena moye" [entre duas elevações/lados o obus atingiu uma palmeira], também se cantava a saudade dos que tinham sido levados pela sorte madrasta e dizia-se "Kisasa kumbi otoka, bukanga twazeketu" [Quando Kisasa regressar vamos pernoitar fora de casa, a conversar, cantar e contar coisas nossas].

As letras eram curtas e repetitivas, mas com sentido e alcance muito longos.
"Bwahila Toy inyungu ibiloka!" [Onde morreu o Toy os abutres estão às voltas para debicar os seus restos].
Debois de kitotas, a presença de abutres em algum lugar era indicador da existência, por perto, de um cadáver (humano ou de outro animal qualquer).
Os inválidos, os envergonhados, os tímidos e toda a sociedade, individual ou colectivamente, também eram "personagens" das letras das canções que, muitas vezes, mudavam apenas a estória, mantendo a melodia e o tilintar do tambor e do bujão.

"Nange, nange, Xoxombo wombela, wombela, Xoxombo nange, nange katé okyo wombela" [De tanta solidão, causada pela timidez em desfiar o rosário a uma jovem, Xoxombo teve de recorrer ao estupro].
Assim era o cancioneiro popular com história e estórias fundadas no longo percurso da sociedade e nos anseios transformadores do amanhã.

quinta-feira, janeiro 02, 2025

ANANÁS E ABACAXI: PARENTES OU DISTANTES?

Oiço em muitas conversas, no campo, se ananás e abacaxi são uma mesma espécie de planta ou diferentes. No Brasil, por exemplo, ananás e “abacaxi” são usados de forma intercambiável, embora o termo “abacaxi” se refira, geralmente, a variedades específicas como o Pérola e o Havaí.

Tratando-se de variedades de uma mesma espécie, aqui vão algumas diferenças e semelhanças:

Espinhos: algumas variedades de ananás têm folhas com espinhos nas bordas, o que pode dificultar o manuseio. A variedade Pérola tem folhas com menos espinhos ou sem espinhos, tornando-a mais fácil de manusear. Algumas variedades de abacaxi, como o Pérola, são conhecidas por serem mais doces e menos ácidas do que outras variedades de ananás.

Quanto à aparência, o abacaxi Pérola, por exemplo, tem uma casca mais amarelada quando maduro, enquanto outras variedades de ananás podem ter uma casca mais verde. Ambos têm uma estrutura semelhante, com uma casca externa dura e uma polpa interna suculenta. A fruta é usada na culinária em sucos, sobremesas e pratos salgados.

Horta do Kanyanga
O ananás é rico em nutrientes. Contém vitaminas A, C, B, além de minerais como zinco, magnésio, fósforo e cálcio. A bromelina, uma enzima presente na fruta, ajuda na digestão de proteínas. Possui também uma acção anti-inflamatória, pois ajuda a reduzir inflamações e melhorar a circulação sanguínea. A vitamina C e outros antioxidantes presentes na fruta tropical proteger contra doenças cardiovasculares, promove a eliminação de líquidos, fortalece o sistema imunológico, ajuda na perda de peso e no combate às infecções.

A fruta prospera em climas quentes e húmidos, com temperaturas entre 22°C e 30°C, sendo Luanda, com o seu clima tropical, é adequada para o cultivo. A planta prefere solos arenosos ou semi-arenosos com boa drenagem e um pH ligeiramente ácido (entre 4,5 e 5,5)34. O solo semi-arenoso de Luanda é ideal para o cultivo do abacaxi/ananás.

Eis algumas das condições para uma boa produtividade

Deve ter boa drenagem para evitar problemas de podridão da planta; A precipitação ideal é a que varia entre 1.000 e 1.500 mm anuais, distribuídos de forma uniforme; a planta necessita de um equilíbrio adequado de nitrogênio, fósforo e potássio; quando possível, a irrigação por gotejamento é eficiente para manter a humidade sem encharcar o solo.

Seja ananás ou abacaxi (variedades de uma mesma espécie de planta), o importante é dar o 1° passo e fazer as coisas com carinho e dedicação. Cada fruta ou verduras colhidas são Kwanzas poupados no mercado.