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sexta-feira, novembro 22, 2019

CONTRA A FEROCIDADE CAPITALISTA UM ÓPIO


No "capitalismo liberal", segundo politólogos, impera a soberania do mercado e do eleitor.
Por outras palavras, há liberdade e sem intervenção política na economia que é "governada pela lei do mercado de bens e serviços. Quem escolhe os políticos é o cidadão eleitor. 

Quando o político não intervém, prosseguem os pensadores políticos modernos, é um "laissez fair" que "obriga" o político a pensar no legado para a próxima geração em vez de pensar na próxima reeleição. 

O sistema capitalista, mesmo que liberal, tem, porém, seus males. Os ricos (detentores do capital), com a exploração dos pobres (força de trabalho), tornam-se mais ricos e os outros (explorados) mais pobres. Isso leva as pessoas a olharem simplesmente para si e não para os outros.

A aposta em programas sociais ou de nivelamento social é fraca ou inexistente, resultando em muitos indigentes. É o que constato nas ruas de São Paulo.

Entretanto, perante situações dessa natureza, é preciso encontrar mecanismos para entreter ou distrair aqueles que, sem oportunidade de mudar o quadro, se entregam ao proxenetismo, ociosidade por falta de ocupação, mendicidade e outros males. Surgem os "ópios" sociais.

A Avenida Paulista, que abre aos domingos, das 10h00 às 18 horas, é um desses meios para distração/lazer/turismo. Aos que sobrevivem, é um ópio. Aos que vivem, proporciona lazer. Aos visitantes de outros Estados, é espaço para lazer, sendo toda ela, nos seus perto de 3 quilômetros de extensão, uma festa no horário acima apontado.

E o pobre, que já é pobre, queima as únicas moedas que serviriam para a poupança, o pão ou mesmo o transporte para nova e penosa jornada da segunda-feira imediata.

É o ópio que faz olvidar a própria existência humana!

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