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segunda-feira, julho 22, 2019

CONTANDO A HISTÓRIA DA MANGUEIRA (IV)

Em 1987, Junho, regressei ao Libolo (tendo como destino inicial a aldeia de Perda Escrita, recém criada), procedente de Luanda.
Na mesma semana plantei um abacateiro no alambique (lavra do Limbe) e o "pai Raimundo" (Manuel Carlos da Silva) plantou a mangueira no terreiro de sua casa. Ainda ajudei a regá-la até que parti para Kalulu, onde permaneci até 1990, deslocando-me parcas vezes à Pedra Escrita em ocasiões de férias escolares. A mangue...ira, única árvore de longa vida que se vê na aldeia, ainda está aí, a reclamar companhia de outras frutícolas.
É debaixo dela que os meus familiares se reúnem. Afinal a velha Nzumba (Alcinda Cazenza, na foto) é a matriarca da família.
Na aldeia, para abordar assuntos comunitários, como sempre, beneficiei, mais uma vez, da sombra dessa árvore e perguntei-me (a mim mesmo): por que não se plantam mais árvores, tendo as crianças como padrinhos?
Se assim se fizer, a aldeia ganhará vida. Pois água não falta (apesar dos cabritos que ameaçam as plantas de pouca altura).

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