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segunda-feira, abril 28, 2014

A CONSTANTE SANGRIA E A NECESSIDADE DE MANTER A "CONFIANÇA"

Desde 1996 que oiço a Eclesia com atençao e ouvidos críticos. Fazia-no inicialmente (mais) empurrado pela necessidade de acompanhar a concorrência, enquanto militei na LAC.  Fi-lo mais tarde para escrever as minhas reflexões sobre "Formação on job e mobilidade nas FM's de Luanda", um dos temas do meu relatório de licenciatura em Comunicação Social. Faço-o hoje movido pela sede do contraditório e pelo vício da rádio que habita em mim.

O meu espanto, nesses últimos dias, foi o de ouvir a "concorrência pública" a disparar nas manhãs de informação com as melhores vozes do momento, conferindo maior dinamismo e atractividade ao espaço radiofónico matinal, ao passo que na "Rádio de Confiança" eram jovens voluntariosos mas aparentemente principiantes quem "lutavam" contra o microfone.
A minha impaciência e o sangue radiofónico que me corre nas veias levaram-me a "piscar" ao amigo padre/director Kandanje. Debalde!
- O que se está a passar?
 
Sei que apesar das constantes sangrias de quadros, ainda restam alguns homens e mulheres de Rádio que tratam o microfone e a busca de informações "por tu". Onde estarão guardados?
Sinto (pode ser que esteja errado) que a balança da audiência, sobretudo às manhãs, pesa a desfavor da “Rádio de Confiança”.
Compreendo o fardo que rádios como a Eclésia terão de carregar por mais tempo dada a grande mobilidade a mao-de-obra que “lhes é imposta” pelo mercado (formar sempre e perder os quadros para outras estações radiofónicas e televisivas). Mas é em crise que se evidenciam os génios operacionais e da administração.
 
Será boa aposta fazer manhãs com principiantes ou estes deviam ganhar rodagem em programas de entretenimento e busca de noticias, puxando para a peleja da audiência matinal os kotas que ainda há?
É apenas o olhar de quem sempre buscou informação plural com recurso à "De Confiança".
 

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