Os proveitos do CAN
In: jornal de Angola, opinião
18 de Janeiro, 2010
Os desportistas têm os seus ganhos garantidos, depois do CAN que Angola realiza: as infra-estruturas desportivas e afins. Os comerciantes, hoteleiros, restauradores e outros que directa ou indirectamente participaram na organização do Campeonato têm também a sua parte conservada. Tudo o que serviu ao CAN fica para a posteridade. Os jornalistas ganharam, nos campos, as condições de trabalho neles instaladas, mas ganham algo mais, o conhecimento e a experiência profissional.
Numa organização internacional, como o Campeonato Africano das Nações em futebol, a mobilização por parte dos órgãos de comunicação social, no que toca aos jornalistas, é tão grande que todos os profissionais da casa se vêem envolvidos de forma indistinta.
Jornalistas que frequentemente se limitavam à cobertura de assuntos políticos, sociais ou culturais como especialidade, viram-se forçados a experimentarem um outro lado da profissão: percorrem os campos principais e de apoio, entrevistam jogadores e técnicos, falam com adeptos de vários países participantes e exercitam as línguas estrangeiras, usadas como recurso apenas nas viagens que efectuavam ao estrangeiro.
São ganhos que ficam para a eternidade. As redacções viram nascer, num abrir e fechar de olhos, outros “experts” desportivos. Novos comentaristas surgiram também, dada a envergadura da missão e os desdobramentos que se afiguraram necessários. Mais postos de trabalho foram criados e muito do que andava oculto entre os homens das redacções e áreas de apoio veio à luz do dia.
Luciano Canhanga | Libolo
Luciano Canhanga | Libolo
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