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segunda-feira, julho 04, 2011

UM OLHAR À OPOSIÇÃO AO EXECUTIVO DO MPLA

O MPLA, partido que governa Angola desde 11 de Novembro de 1975, conta, para além dos conhecidos partidos da opisição, com uma outra oposição muito mais forte, que consegue desacreditar com maior facilidade nas políticas e promessas dos governantes. Tratam-se das empesas públicas que, por sinal, são geridas por pessoas de confiança e indicadas a dedo.

Quero, nesse apeontamento que não é o primeiro do género, ater-me à prestação da EPAL (empresa pública de distribição de água a Luanda e suas congéneres doutras províncias) e da EDEL (distribuidpora de electricidade de Luanda e também congéneres noutras províncias).

As notícias que nos chegaram à casa, na semana finda, versavam sobre o "garimpo" de água em Luanda que na verdade é sabotagem/desvio de condutas e não garimpo (que quer dizer extracção ilegal de um bem/mineral). Chamado a comentar João Paulo Ganga, sociólogo, disse à ZTV que "a questão devia ser analisada a partir da base". O que é que leva os cidadãos a violarem as condutas da EPAL? Simples prazer? Existência de mercado provocado pela carência e carestia do precioso líquido ou simples propensão pela desordem?

O certo é que esta "empresa opositora" perdeu a luta da distribuição da água a todas os pontos de Luanda e por mais que se esforce a publicitar  a "água para todos" o povo sabe que, sobretudo em Luanda, não passa de promessas irrealizáveis. E o descontentamento só aumenta. Os desvios de condutas, por mais que a polícia ajude a desencorajar, só aumentam porque há cada vez mais carência e carestia, há cada vez mais bocas sedentas e quem devia resolver não o está a fazer.

Hoje, quem tem água canalizada faz o máximo para que outros não cheguem a ela. Constroem-se tanques de armazenamento de grande capacidade que abastecem à calada da noite ou madrugada cisternas que a revendem em áreas onde a EPAL nunca pensou em chegar. Com acções como essas aqueles que têm água canalizada mantêm as torneiras sempre abertas, impossibilitando que ela chegue ao morador imediato.
- Que fazer?
- Denunciar?
- Onde?
- Que segurança e garantia se dá ao denunciante?
- Que garantias se dá àqueles que tendo contratos com a EPAl e EDEL nunca têm o produto?

Conhecendo-se o que passa o cidadão para ter água e energia eléctrica em Luanda e noutras cidades e vilas do país, uma pergunta urge necessária: Por que o governo não se encarrega apenas da produção, deixando a distribuição aos privados, mediante um regime de preços vigiados?

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