Quero, nesse apeontamento que não é o primeiro do género, ater-me à prestação da EPAL (empresa pública de distribição de água a Luanda e suas congéneres doutras províncias) e da EDEL (distribuidpora de electricidade de Luanda e também congéneres noutras províncias).
As notícias que nos chegaram à casa, na semana finda, versavam sobre o "garimpo" de água em Luanda que na verdade é sabotagem/desvio de condutas e não garimpo (que quer dizer extracção ilegal de um bem/mineral). Chamado a comentar João Paulo Ganga, sociólogo, disse à ZTV que "a questão devia ser analisada a partir da base". O que é que leva os cidadãos a violarem as condutas da EPAL? Simples prazer? Existência de mercado provocado pela carência e carestia do precioso líquido ou simples propensão pela desordem?
O certo é que esta "empresa opositora" perdeu a luta da distribuição da água a todas os pontos de Luanda e por mais que se esforce a publicitar a "água para todos" o povo sabe que, sobretudo em Luanda, não passa de promessas irrealizáveis. E o descontentamento só aumenta. Os desvios de condutas, por mais que a polícia ajude a desencorajar, só aumentam porque há cada vez mais carência e carestia, há cada vez mais bocas sedentas e quem devia resolver não o está a fazer.
Hoje, quem tem água canalizada faz o máximo para que outros não cheguem a ela. Constroem-se tanques de armazenamento de grande capacidade que abastecem à calada da noite ou madrugada cisternas que a revendem em áreas onde a EPAL nunca pensou em chegar. Com acções como essas aqueles que têm água canalizada mantêm as torneiras sempre abertas, impossibilitando que ela chegue ao morador imediato.
- Que fazer?
- Denunciar?
- Onde?
- Que segurança e garantia se dá ao denunciante?
- Que garantias se dá àqueles que tendo contratos com a EPAl e EDEL nunca têm o produto?
Conhecendo-se o que passa o cidadão para ter água e energia eléctrica em Luanda e noutras cidades e vilas do país, uma pergunta urge necessária: Por que o governo não se encarrega apenas da produção, deixando a distribuição aos privados, mediante um regime de preços vigiados?
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