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domingo, dezembro 06, 2009

UMA PROVA QUE VALE VINTE E UM

PONTO PRÉVIO: Aos 16 anos estreei-me na formação dos mais novos. Não possuía ainda conhecimentos sólidos sobre didáctica, tão pouco sobre a avaliação. Aos vinte anos comecei a ter noção de técnicas pedagógicas, avaliativas e sobre o nosso sistema de avaliações no ensino primário, enquanto professor do ensino geral público. Aos vinte e quatro anos ingressei na Universidade Agostinho Neto onde estudei didáctica de História, razão pela qual, não sendo dos mais bem quotados do mercado, posso atrevir-me a fazer comentários sobre práticas académicas. Os meus frutos estão espalhados por aí, e em boa quantidade e qualidade.

Este exercício surge a propósito de uma prova de Educação Moral e Cívica a que o meu filho foi submetido no colégio que frequenta a sétima classe. Pelo conteúdo, uma prova bem elaborada. Versa sobre democracia, sistema de voto, sociedade humana, amizade e outras coisas que importa que as crianças e adolescentes deste tempo conheçam. Afinal de contas pretendemos uma Angola, para os nossos filhos, melhor do que aquela que nos foi brindada em idade homóloga. Daí a necessidade de aprenderem conceitos importantes no seu tempo.

Quanto à quotação/avaliação fiquei com algumas dúvidas, que aqui exponho, pois somados os valores distribuidos por cada questão colocada notei que o somatório chega a 21 valores, existindo ainda uma pergunta sem quotação, pois ela enuncia:

-Dê o conceito de X.
Aqui presume-se que o aluno define X e por isso devia ter uma pontuação/quotação.
a) - Descreva uma delas. 2V
Aqui depreende-se que o aluno vai falar sobre uma das características de X e terá 2 valores caso acerte em cheio.

_ Terá mudado o nosso sistema de quotação/avaliação no ensino geral público?
_ Terá sido apenas um erro do professor, coordenador da disciplina e do Colégio em questão?
_ E que tal da questão a responder sem uma nota a atribuir?
_ Como fica o aluno que tenha errado as perguntas quotadas e acertado aquela que não está quotada?

São questões para reflectir sobre "como vai a nossa educação" ou a educação/instrução que recebem os nossos filhos muitas vezes, por força das nossas ocupações profissionais, distância entre o local de residência e de trabalho, entre outros condicionalismos, confiada a outros, os profesores, que também estão mais preocupados com outras coisas ao invés da missão que lhes foi confiada.
Assim vamos!

1 comentário:

Anónimo disse...

Deixo aqui a minha indignação para o Colégio Afrilaure. Mensalidade de Dezembro paga a 13 de Novembro, alunos não tiveram sequer uma aula em Dezembro e ainda por cima dão-me como brinde a pauta em branco. Os meus filhos têm a pauta sem notas... Até dá 'para soltar uma gargalhada (só para não explodir de nervos).
LC