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quinta-feira, setembro 04, 2008

O MELHOR DISCURSO DO PDP-ANA

Se alguém perguntar, qual foi o melhor discurso passado no tempo de antena, quer na Rádio, quer na Televisão, pelo partido Pdp-ana, qualquer pessoa que tenha acompanhado a campanha política deste partido não terá outra resposta: Foi inequivocamente o de Mfulupinga N’Landu Victor, morto em Junho de 2004.

Durante o tempo de antena deste partido na TPA foi exibido, no dia 01/09/08, um dos mais concorridos comícios do finado líder do Pdp-Ana, nas proximidades do Kinaxixi (ainda se viam as paredes das antigas instalações).

O Matemático Mfulupinga, que até parecia ressuscitado, explicou aquilo que considerava ser o binómio da governação do Mpla, e dizia: “Quando há luz não há água e quando há água não há luz”…

Felizmente é um discurso já gasto pelo tempo e pela nova dinâmica que o país ganhou com a reconstrução de muitas infraestruturas sociais, mas lá estava um “pastor para ovelhas” no seu tempo.

No discurso, Mfulupinga pedia também aos seus correligionários e apoiantes que erguessem as mãos a Deus e pedissem para que este “perdoasse os pecados do Mpla” ao mesmo tempo em que “ajudasse o Pdp-Ana a ascender ao poder”.

É pena que Mfulupinga já não esteja entre os vivos para conferir os frutos dessa oração a Deus Poderoso.

É igualmente pena que o seu Pdp-Ana não consiga encontrar alguém que se encoste aos pés do seu antigo líder, para com o mesmo vigor, apelar ao voto, ainda que fosse com outro discurso e para outros ouvintes.

Enquanto tal não acontece, o povo terá apenas uma solução: Votar X no X e esperar que a oposição encontre outro Mfulupinga. Um homem que lute pelo poder usando apenas a palavra e jamais as balas. Um homem que saiba estar na oposição, abrindo caminho para o despertar dos que se julguem excluídos. Já que é no Parlamento que se deve cobrar a aplicação das promessas eleitorais, lá é o lugar da oposição, onde Mfulupinga soube estar.

Luciano Canhanga

1 comentário:

Anónimo disse...

E foi graças aos discursos do finado que conseguiram arregimentar alguns votos... Porque se não fosse o descalabro teria sido melhor...