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terça-feira, dezembro 05, 2006

PERGUNTA DE DEZEMBRO


No Domingo, dia 04, assisti à missa católica na TPA. Depois do sermão, terminava o padre com o seguinte anúncio: "Queridos irmãos e irmãs, estamos a distribuir envelopes para a colecta de contribuições para a construção de um alpendre no quintal da igreja. Apelamos que o valor mínimo é de mil kwanzas, porém aqueles que tiverem mais podem dar o quanto podem".

Anúncios como estes noutras igrejas e denominações religiosas são frequentes e comuns, parecendo-se algumas delas mais vocacionadas para o dinheiro do que para a propagação da fé.

Tendo em conta o carácter voluntário que deve(via) nortear as ofertas religiosas,
_É cómodo (lícito) que igrejas e ou confissões religiosas estabeleçam valores mínimos para as oferendas?
_ Tais tectos mínimos Criam ou não constrangimentos aos que gostariam de dar, porém impossibilitados pela renda?
Dê a sua opinião.

Soberano Canhanga

7 comentários:

ANGOLA disse...

É uma pouca vergonha!!! Nada mais posso dizer.
Antigamente era o que se quisesse dar. Hoje já nos obrigam. Cada vez mais acho que Deus nos castiga com catástrofes naturais porque a gente precisa limpar o mundo de más intenções, só mesmo uma selecção natural.

Anónimo disse...

Sinais dos tempos? Talvez mano....Mas DEus tem a resposta para a queda da "babilonia a grande."

Fernando Ribeiro disse...

Será para fazer concorrência à Igreja Maná?

Paulo disse...

O sistema é igual ao dos corandeiros: "cada um dá o que quizer"!!! É sempre uma doação, dizem. A verdade é que existe uma manipulação psiquica dos potenciais dadores. Estabelecer um minimo do valor da doação é, a meu ver,ultrapassar todos os limites...
A URDI é "formada" nisso.
Bom blogue
Abraço
Paulo

Anónimo disse...

Qualquer instituição de carácter social e de utilidade pública tem carências monetárias, isso é deveras conhecido. Também é sabido, julgo eu, que existem instituições governamentais que subsidiam projectos destas instituições desde que devidamente fundamentados e solicitados.Claro que esses subsídios são sempre poucos para as necessidades, mas cho vergonhoso que se venha a estipular uma verba de donativo. Donativo é algo que qualquer pessoa, desde que interessada, se oferece para dar de livre e expontânea vontade, sendo esse mesmo donativo dentro das possibilidades monetárias de quem o dá. Ao se estipular uma quantia, a meu ver, já não se está a solicitar um donativo, mas acaba por ser uma venda de serviços... A Igreja também passa recibo para desconto ao fisco da verba que estipulam que se deve dar? ao que chegamos... sabendo-se que o Vaticano é uma das instituições mais ricas do mundo... que fazem os padres a tanto ouro, se não serve para ajudar as diversas habitações de Deus espalhadas pelo mundo fora?
Ruth

ANNA MATHAYA disse...

Se o "ofertar relgioso" é um acto voluntário e que vem do coração, é obvio que é uma aberração estabelecer tectos. Mas fazer o que? Afinal vivemos a época das "PEQUENAS IGREJAS E GRANDES NEGÓCIOS" onde uns poucos esclarecidos aproveitam-se da inocencência/ignorancia de uma maioria.

Anónimo disse...

Saudações, amigo Soberano! Vejo que a situação social em Angola é bastante semelhante a que temos aqui no Brasil. A maioria da população é muito pobre, muitas vezes não dispondo de dinheiro nem para alimentação. As instituições religiosas não interagem de forma construtiva com a sociedade, ignorando o fato de a miséria ser um problema que necessita de solução urgente no nosso país. Igrejas católicas em menor escala e as evangélicas em grande escala pedem (leia-se exigem) aos fiéis contribuições, muitas vezes alegando que, deste forma, podem garantir um lugar no paraíso. Veja só, eles colocam tudo à venda, é a economia de mercado ditando as regras na religião. Tudo se compra, segundo a lógica da economia de mercado, até mesmo um lote no paraíso e o perdão de Deus! Por acaso Deus é capitalista?Países como Angola e Brasil necessitam de instituições religiosas que trabalhem em prol do povo, em prol da justiça social, e não fazendo o contrário, estorquindo a população! Aqui vai o meu protesto!