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terça-feira, setembro 27, 2005

No aniversário só vaias

Nem mexida ao subsídio de sangue, nem prémio para jornalistas

Aos treze anos entra-se para a adolescência. Os pais esperam mais do menor a caminho de se tornar maior, os professores exigem mais, e a sociedade também. Porém, connosco tudo na mesma.
Treze anos com uma festa obrigatória, muitos discursos ao vento, muita blasfémia e blá, blá, blás... que não encheram sequer um saquinho.
Obrigados a comer e alienados mais uma vez pelo alcool distribuido propositadamente em catadupas, a fome em casa continua. Aos subsídios de sangue nem um tostão, e nem prémios levamos.
O destinado a jornalistas no valor de Usd 2500 oferecidos pela SAL foi parara às mãos de um analista, os técnicos foram "obrigados" a "se organizarem", igual "despacho" dado aos administrativos que há dois anos vinham subtraindo inexplicavelmente Usd 500.00 do bolo dos jornalistas.
À Kieza vencedora da edição passada do prémio LAC/SAL de jornalismo coube uma menção honrosa, sei lá por quê, quando ao grosso de jornalistas que acorda há cinco anos às cinco horas da manhã que não vê os filhos porque deixa-os a dormir, e os encontra também a dormir, sequer uma palavra de apreço foi dada.
A Nguvulação, esta burguesia, que se esqueceu de que um dia trabalhou como nós, parece apostada numa exploração rígida e cruel pensando não termos outro sítio para onde cairmos.
Se considerarmos que um ano comercial para as empresas é o espaço que intermedeia uma festa e outra, então estamos a mais um ano, sem um kuanza sequer de acréscimo ao Subsídio de Sangue. E como "ninguém merece aumento" pela "desgraça" que lhes causamos que é aumentar a riqueza deles, também ninguém teve direito aos prémios.
Caso contrário, no mínimo teriam pensado em quem faz o comentarista falar, quem recria os factos e dá-lhes valor, endoçando-os aos comentaristas.
Sem demérito para o Victor Aleixo que na sua condição sénior até merecia um Maboque, verdade seja dita: Não faz jornalismo na LAC e não é merecedor de um prémio para jornalistas da casa a menos que se crie um prémio para comentaristas ou outra forma de compensação que não a encontrada.
Mais ainda, o Víctor a quem todos nós reconhecemos qualidades jornalísticas quando exerce de facto o papel, é comentarista da TPA e da RNA para além da LAC.
Quanto à nossa colega Kieza, não tem culpa pelos caprichos da chefia e talvés seja até a forma encontrada para colocar o mundo contra ela. Quem sabe?
À Kieza Silvestre os meus parabéns pela tão "merecida" menção honrosa que (des)honra a todos nós que damos o litro todas as manhãs e tardes nesta rádio.
Dar "a César o que é de César" e aos jornalistas o que se disse ser deles, seria ideal, porque
-Mais trabalho, nunca aumentos e sem prémios é realmente um homicídio voluntario e colectivo.

Soberano,LC.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fruto disso começou o exodo