Especialistas em comunicação calculam em mais de mil e quinhentas mensagens que nos chegam todos os dias aos ouvidos ou aos olhos.
Destas apenas dez por cento são percebidas com clareza ao passo que um por cento tem retorno, ou seja são reenviadas ou respondidas.
De igual forma, das milhentas mensagens que nos chegam via órgãos da comunicação social, muitas são palavras e outras tantas palavrões, ou seja, termos e epítetos que nada nos dizem ou que não têm qualquer enquadramento na nossa semântica e até mesmo ortografia do português usado em Angola.
"Palavrões" como Terroristas e insurgentes para caracterizar elementos que num determinado país lutam para se livrarem de invasores levam-nos realmente a uma reflexão por mais curta e despercebida que seja.
-Quem são os insurgentes, os terroristas e os resistentes?
Nos dias que correm marcados pela publicitação do americanismo, seus feitos e defeitos, na imprensa internacional através das grandes agências e jornais de grande tiragem internacional, é difícil passar-se um dia, uma hora, ou senão mesmo um minuto sem uma informação que fale sobre a guerra no Iraque. E é no que toca à designação ou denominação dos iraquianos que lutam com todos os meios contra a presença anglo-americana que começa a bronca.
Não sei, confesso, se os iraquianos são terroristas como os chamam os americanos e seus pares que ocupam o país alheio sem motivo plausível, insurgentes como os tratam os brasileiros ou resistentes, termo usado por alguns jornalistas que procuram não alinhar com os dois primeiros adjectivos.
Folheando o dicionário reparamos que: Terrorista: É todo aquele que comete o terrorismo definido como: Conjunto de acções violentas contra o poder estabelecido cometidas por grupos revolucionários, envolvendo em regra atentados contra pessoas e propriedades.
Insurgente: é um termo brasileiro que deriva de insurgir ou seja rebelar-se ou revoltar-se contra...
Por sua vez Resistente é definido como: defesa própria de quem luta contra movimentos externos, que opõe resistência, membro ou combatente da resistência aos invasores.
Ponderados os porquês, e não sendo os jornalistas partes de conflitos geo-políticos nem estratégicos de países ou Estados, mas apenas transmissores de realidades concretas, sou de opinião de que é a terceira designação mais adequada ao nosso "linguajar" ao mesmo tempo em que incentivo meus colegas de profissão a enveredarem por termos que não estejam colados aos equilíbrios e desequilíbrios da política externa, pautando por uma terminologia que se adeqúe a todas as circunstâncias políticas e geográficas.
Já que nós fazemos a História, quero com isto dizer que o "terrorista" iraquiano que luta hoje pela sua pátria pode ser o herói de amanhã tal como o foram os vietnamitas. Como também os mesmos "terroristas" com quem nosso país não tem hoje relações nem políticas nem económicas podem tornar-se amanhã os nossos melhores amigos.
- Seremos nós amigos de terroristas?
Lembremo-nos de que já amaldiçoamos os Imperialistas do Ocidente que são hoje os nossos "amigos de copo".
Tratar os iraquianos por Resistentes não fica nada mal. O resto que fique para os políticos e os militares!
Soberano Canhanga
Destas apenas dez por cento são percebidas com clareza ao passo que um por cento tem retorno, ou seja são reenviadas ou respondidas.
De igual forma, das milhentas mensagens que nos chegam via órgãos da comunicação social, muitas são palavras e outras tantas palavrões, ou seja, termos e epítetos que nada nos dizem ou que não têm qualquer enquadramento na nossa semântica e até mesmo ortografia do português usado em Angola.
"Palavrões" como Terroristas e insurgentes para caracterizar elementos que num determinado país lutam para se livrarem de invasores levam-nos realmente a uma reflexão por mais curta e despercebida que seja.
-Quem são os insurgentes, os terroristas e os resistentes?
Nos dias que correm marcados pela publicitação do americanismo, seus feitos e defeitos, na imprensa internacional através das grandes agências e jornais de grande tiragem internacional, é difícil passar-se um dia, uma hora, ou senão mesmo um minuto sem uma informação que fale sobre a guerra no Iraque. E é no que toca à designação ou denominação dos iraquianos que lutam com todos os meios contra a presença anglo-americana que começa a bronca.
Não sei, confesso, se os iraquianos são terroristas como os chamam os americanos e seus pares que ocupam o país alheio sem motivo plausível, insurgentes como os tratam os brasileiros ou resistentes, termo usado por alguns jornalistas que procuram não alinhar com os dois primeiros adjectivos.
Folheando o dicionário reparamos que: Terrorista: É todo aquele que comete o terrorismo definido como: Conjunto de acções violentas contra o poder estabelecido cometidas por grupos revolucionários, envolvendo em regra atentados contra pessoas e propriedades.
Insurgente: é um termo brasileiro que deriva de insurgir ou seja rebelar-se ou revoltar-se contra...
Por sua vez Resistente é definido como: defesa própria de quem luta contra movimentos externos, que opõe resistência, membro ou combatente da resistência aos invasores.
Ponderados os porquês, e não sendo os jornalistas partes de conflitos geo-políticos nem estratégicos de países ou Estados, mas apenas transmissores de realidades concretas, sou de opinião de que é a terceira designação mais adequada ao nosso "linguajar" ao mesmo tempo em que incentivo meus colegas de profissão a enveredarem por termos que não estejam colados aos equilíbrios e desequilíbrios da política externa, pautando por uma terminologia que se adeqúe a todas as circunstâncias políticas e geográficas.
Já que nós fazemos a História, quero com isto dizer que o "terrorista" iraquiano que luta hoje pela sua pátria pode ser o herói de amanhã tal como o foram os vietnamitas. Como também os mesmos "terroristas" com quem nosso país não tem hoje relações nem políticas nem económicas podem tornar-se amanhã os nossos melhores amigos.
- Seremos nós amigos de terroristas?
Lembremo-nos de que já amaldiçoamos os Imperialistas do Ocidente que são hoje os nossos "amigos de copo".
Tratar os iraquianos por Resistentes não fica nada mal. O resto que fique para os políticos e os militares!
Soberano Canhanga
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