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segunda-feira, novembro 28, 2022

MR LEE & JE NE SAIS PAS?

Em Seul, Mr. LeeJE NE 
Em Seul, Mr. Lee, general da armada nas guerras contra os japoneses, é uma lenda que me fez lembrar uma estória (isso mesmo, estória) sobre o Je-ne-sais-pas de França. Contava-se que certo magnata angolense, nos primórdios da nossa existência como país, fora a Paris em trabalho, por duas semanas. Sempre que visse algo espectacular perguntava o que era, quem era ou quem tinha sido o inventor.
Foi assim na Renault, na Torre Eiffel, no monumento de Charles de Gaulle, no Parque de La Liberté, etc. Como resposta, vezes tantas, recebia um seco Je ne sais pas!

No último dia de sua estada em terra gaulesa, deparou-se com um funeral e voltou a perguntar quem tinha ido emprestar cor aos tijolos, ao que o guia o respondeu com ar triste: moi je ne sais pas!
O coitado do "nosso" magnata pôs-se aos soluços, chorando baba e ranho a morte do senhor todo poderoso e engenhoso que fora o Je-ne-sais-pas.

Em Seul, sendo História e não estória, o Mr Lee (rei Sejong) é o nome mais pronunciado pelos guias aos turistas estrangeiros que procuram conhecer um pouco sobre a cidade e o passado de memória colectiva deste povo que odeia os japoneses como os angolanos já odiaram os sul-africanos-carcamanos, donos de aviões "racistas" violadores vezeiros do solo pátrio no tempo das kitotas. 

Ora pela sua bravura e liderança, enquanto general da armada na nvuda contra os da pátria do sol nascente, ora como inventor do alfabeto coreano e outras facilidades, ora pelos eloquentes discursos, enquanto político e diplomata. Mr Lee, o clever Sejong, é nome a reter. Por isso, em jeito de roteiro turístico pelo National Folk Museum of Korea, trago-lhe alguns tópicos sobre o rei Sejong ou simplesmente Mr Lee, terceiro na linha de sucessão e que foi entronizado em 1418, com apenas 21 anos.  
São apresentados em resumo como marcos do seu reinado: Hangul, tolerância religiosa, Pluviômetro, Calendário coreano, Globo celeste, Prensa de metal, Tipo móvelcomo algumas das invenções que se tornaram eo legado do rei Sejong, um dos dois únicos reis da Coreia que foram postumamente premiados com o título de "O Grande".
Sejong não foi o rei escolhido, pois era o terceiro filho do rei Taejong, o terceiro monarca (da dinastia) Joseon. O príncipe herdeiro era Yangnyeong o mais velho dos oito filhos do rei com a rainha Wongyeong e foi preparado para suceder a seu pai. O Grão-Príncipe Chungnyeong, mais tarde Rei Sejong, foi descrito como um estudante muito brilhante e sábio, que amava o seu país e seu povo desde tenra idade. Ele não tinha medo de questionar a autoridade e as crenças tradicionais.
Embora não devesse tornar-se rei, nesse quesito foi favorecido pelo pai. O príncipe herdeiro acreditava que o seu terceiro irmão era a melhor pessoa para suceder ao pai e, por essa razão, comportava-se rudemente na corte, levando ao seu banimento. O seu segundo irmão, o Grão-Príncipe Hyoryeong foi o próximo, seguindo as regras de sucessão. Ele também não queria o trono e decidiu ser um monge budista, deixando assim o trono aberto para o terceiro filho.
O rei Sejong é descrito como um pensador avançado que pretendia deixar de ser um vassalo da China (dinastia) Ming, projectando um país progressista e uma governação benevolente que colocaria o bem-estar do seu povo acima da política. Mr. Lee, como é carinhosamente tratado pelos coreanos, destacou nas relações exteriores, fazendo vários acordos bem-sucedidos com a China Ming e o Japão. Era também adepto do planeamento militar e apoiou o desenvolvimento de canhões, flechas de fogo, pólvora e morteiros.
O rei criou um manual de técnicas agrícolas para melhorar a produção agrícola da Coreia, reformulou o calendário coreano, que na época era baseado na longitude chinesa. Tal permitiu que os astrônomos coreanos previssem as ocorrências de eclipses lunares e solares com precisão. Durante o seu reinado, a medicina tradicional coreana tornou-se diferente da prática chinesa.
Algumas das invenções, durante seu reinado, foram as primeiras do mundo, com a maioria delas inventadas por Jang Yeong Sil, um plebeu cujo talento foi reconhecido pelo rei Sejong e nomeado para um cargo governamental. O primeiro pluviômetro do mundo, o Cheugugi, foi inventado em 1442. Outro coreano, Choe Yun-ui inventou a primeira impressora de metal do mundo em 1243, bloco de impressão de tipo móvel, chamado Gabinja, foi criado em 1434. Um relógio de água auto-marcante, relógio de sol e um globo celestial coreano foram criados durante o reinado do rei Sejong.
O ponto alto de seu reinado foi a criação do hangul, o alfabeto coreano de 28 caracteres que sobrevive até hoje. O hangul foi baseado nos padrões que a boca, os dentes e a língua faziam quando os sons eram criados. Isso aconteceu pelo desejo do rei de que o seu povo, especialmente aqueles das classes mais baixas, fosse capaz de ler e escrever. Publicado em 1446, o alfabeto, fácil de aprender, permite que as pessoas o aprendam em poucos dias e pronunciem com precisão a escrita coreana depois de estudá-lo por algumas horas. O rei Sejong apoiou igualmente a educação e a literatura e escreveu Yongbieocheonga (1445) ou as Canções dos Dragões Voando para o Céu em Hangul. É ainda autor de Seokbo Sangjeol ou os Episódios da Vida de Buda (1447), o Worin Cheon-gang Jigok ou as Canções da Lua Brilhando em Mil Rios (1447). Escreveu também o Dicionário de Pronúncia Sino-Coreana Adequada ou Dongguk Jeong-un.

Nota: com subsídios da pg. Rei Sejong, o Grande, Líder Visionário de Joseon., 

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