Do ponto de vista infraestrutural parece-se ser a comuna que mais cresceu, porém, fora da aldeia sede.
Investimentos em avícolas, matadouro, restauração e agricultura, incluindo um posto de abastecimento em combustíveis (bombas) foram projectados e implementados a 4 quilómetros da sede, ou seja, na EN 120 (onde a estrada de Kalulu se junta à Nacional 120).
Quanto aos imóveis da zona político-administrativa e habitacional (aldeias do Ferreira, Sangue Frio e Bannza), pouco de novo. Apenas o velho vai resistindo às investidas do tempo e dos homens. Aqui também, e como me disse o ancião do Kisongo/Quissongo, se as antigas lojas de colonos falassem, estariam a rir-se do estado em que "as levamos".
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Quem viveu ou conheceu Munenga de outros tempos lembrar-se-á também da cerâmica da família Cunha, à passagem do rio Ngunji, a meia-distância do "comissariado" que se acha no monte. Naquele espaço, em que hoje só resta o que foi a cabine de transformação de energia eléctrica, pode ser erguido outro equipamento social ou económico. A água, embora pouca, nunca faltou. O capital humano está aí nas aldeias à volta, sem nada por fazer. Para os jovens que não emigraram, todos os dias são de ociosidade.
Não padecendo da inacessividade e incomunicabilidade que vive o Kisongo/Quissongo, a sede da Munenga bem se pode transformar, com ideias e acções, em uma vila digna desse nome. Também pode ser deslocada para a "Nova Zona Económica" que cresce a bom passo na desembocadura da EN120, ficando na "velha Munenga" apenas o posto administrativo e seus equipamentos sociais como a escola, a esquadra e o posto médico...
São ideias.
Obs: texto publicado pelo jornal Nova Gazeta de 27/07/2017
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