Quase morri de susto quando tomei conhecimento da "boa nova", que nos foi passada pelo meu confrade Alexandre Cose, via facebook, segundo a qual "a locomotiva que puxa as carruagens do CFB do Lobito ao Huambo é já velhinha, comprada pelo governo colonial português à General Motors, em 1972".
A linha ferroviária entre o Lobito e Huambo foi inaugurada no dia 31.08.2011, pelo Presidente angolano (JES), depois de reabilitada, tendo as carruagens sido adquiridas na África do Sul.
A linha ferroviária entre o Lobito e Huambo foi inaugurada no dia 31.08.2011, pelo Presidente angolano (JES), depois de reabilitada, tendo as carruagens sido adquiridas na África do Sul.
Tão linda como parecia na foto, fruto de uma pinturazita, e tão velhos que eram os seus componentes, só me deu mesmo vontade de pensar em Kristo (músico angolano) e na sua querida Ngaxy (cuja chaparia por fora está bala, mas o motor está a babar óleo).
Retruquei: "Cose, não pode ser. Como é que inauguram uma linha ferroviária novinha em folha, compram novas carruagens à África do Sul e usam uma locomotiva de 1972"?
Muitos vieram dizer (comentaram no facebook) que "o mais importante é a linha férrea e a sua inauguração". Discordei e continuo a discordar. Não pode ser.
E, no calor do debate, um outro confrade, o Teixeira Cândido, colocou uma pergunta subreptícia a que ninguém repsondeu. Dizia ele: "que tal se lhe chegsse à mão um jornal escrito em 1972, diríamos que tem notícias"?
Mas, mais do que o comboio velho que, com certeza, terá de parar muitas vezes pelo caminho, o que me chamou a atenção foi a afirmação do Ministro Augusto Tomás, quanto aos gastos da empreitada de reabilitação e apetrechamento. Disse ele que foram 2 biliões de dólares gastos. E me pergunto, nestes dois bis também inclui o custo do comboio que os tugas deixaram ou o dinheiro das locomotivas que teriam de ser novas foi parar em uma quinta?
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