"Para acabares com a pobreza construa uma estrada". Assim reza um ditado chinês.
"Para acabares com a pobreza construa ao pé da estrada". Adaptação minha com base no que tem sido a realidade de muitas pessoas que melhoram os seus níveis de vida com a afixação junto à estrada.
Nas décadas de 50, 60, 70 e até mesmo de 80 e 90 do sec. XX muitas eram as comunidades rurais que tinham as suas aldeias distanciadas das principais estradas (asfaltadas ou não). A razões eram váriadíssimas: A construção das estradas pela autoridade colonial deixou-os longe da nova civilização; as opções de vida adoptadas (agricultura e pecuária de subssistência) eram indiferentes em estar perto ou longe das estradas; os cantineiros e fazendeiros coloniais colocavam os produtos no interior, mesmo distante das estradas pois pretendiam prender a mão-de-obra longe da civilização para que melhor servisse os seus intentos exploradores; muitos líderes comunitários preferiam estar longe das estradas para concomitantemente estarem longe dos abusos das autoridades coloniais...
O mercantilismo, porém, veio mostrar que enquanto mais longe dos principais acessos, mais se sofre com a fome e a miséria, mais caro se tornam os produtos industriais, mais longe ficam os mercados, mais longe fica a saúde e a educação, mais longe fica a vida moderna!
Cônscios das desvantagens atrás descritas, muitas das aldeias que se situavam distantes das principais vias de comunicação (estradas, caminhos-de-ferro, portos e aeroportos) começaram a progredir em direcção a estes. São hoje pouquíssimas as aldeias ainda apegadas à terra secular por questões meramente tradicionalistas. A vida faz-se junto à estrada!
As coutadas, as águas ricas em peixes, nalguns casos as terras férteis..., todo este legado histórico acabada sendo deixado para trás e os homens vão encontrando outras formas de fazer face às necessidades prementes: vão aplicando fertilizantes na agricultura, vão incrementando a pecuária para compensar a ausência da caça, vão apostando na piscicultura para substituir a pesca nos rios, lagos e lagoas, vão criando aves, vão apostando na criação de gado de médio e grande porte, vão comercializando e trocando excedentes. Vão comprando cada vez mais e vendendo também cada vez mais... e a vida vai, aos poucos melhorando graças à estrada.
As coutadas, as águas ricas em peixes, nalguns casos as terras férteis..., todo este legado histórico acabada sendo deixado para trás e os homens vão encontrando outras formas de fazer face às necessidades prementes: vão aplicando fertilizantes na agricultura, vão incrementando a pecuária para compensar a ausência da caça, vão apostando na piscicultura para substituir a pesca nos rios, lagos e lagoas, vão criando aves, vão apostando na criação de gado de médio e grande porte, vão comercializando e trocando excedentes. Vão comprando cada vez mais e vendendo também cada vez mais... e a vida vai, aos poucos melhorando graças à estrada.
Quem viaja por Angola vê!
1 comentário:
Meu grande amigo Soberano!
Antes de mais dexa que te diga que este teu escrito é importantissimo e eu sou bem conhecedor dessa verdade. E agora quero deixar-te um convite! Vesita o meu novo blog, lê a História da minha vida e comente.
http://transpondo-barreiras.blogspot.com
Vaomos seguir, passo a passo nossos escritos.
Um abraço muito grande de quem vive distante da terra que me vai na alma.
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