Horácio Pedro Adão Kambole (ao Centro), radialista, natural de Catete, com passagem pelo Lubango. Este homem é o culpado pela minha profissionalização em Rádio-Jornalismo.
Quando fui à rádio quis apenas ser redactor, aliás, foi o que me foi dito pelo Mateus Gonçalves (Director de Produção) em 1997, quando entrei para a LAC fazendo o programa Dicas da Cidade. “Amigo Canhanga, tu és bom, tens potencial para ser bom repórter e bom redactor, mas falar, isso não. Esquece o microfone”. Assim foi durante muitos meses, até que num fatídico dia desapareceu em Abidjan o avião que transportava Mâitre Beye (negociador da paz para Angola).
Era Sábado e estava sem repórter. Eu era editor de fim-de-semana. Liguei ao José Rodrigues que era na altura o Editor-Chefe para fazer a confirmação da informação recebida de uma fonte. Às 12H30 tinha o noticiário feito e com um directo a partir da Vila Espa, só que não tinha Locutor, por sinal o Horácio Pedro.
Na época não tínhamos telefones móveis e por isso, difícil era encontrá-lo. Às 12H 33 já com o indicativo no ar liguei ao Editor-Chefe informando-o que não tinha locutor. Este pergunta-me se eu era mudo: aí comecei a fazer locução. Li os títulos e chamei o José Rodrigues. Quando o Horácio chegou estava eu ao meio do noticiário. Passei-lhe a bola e ele “marcou o golo”. Tínhamos ganho o dia. Na segunda-feira, foram os mais críticos, entre eles Maria Luísa (Directora-Geral), a baterem-me no ombro.
De lá em diante o Horácio sentiu a necessidade de me formar no que ele mais sabia: Ler noticiários. Apostou em mim e eu aderi.
Por isso, sou hoje “a voz” que sou por culpa dele. A minha homenagem (in vita).
Era Sábado e estava sem repórter. Eu era editor de fim-de-semana. Liguei ao José Rodrigues que era na altura o Editor-Chefe para fazer a confirmação da informação recebida de uma fonte. Às 12H30 tinha o noticiário feito e com um directo a partir da Vila Espa, só que não tinha Locutor, por sinal o Horácio Pedro.
Na época não tínhamos telefones móveis e por isso, difícil era encontrá-lo. Às 12H 33 já com o indicativo no ar liguei ao Editor-Chefe informando-o que não tinha locutor. Este pergunta-me se eu era mudo: aí comecei a fazer locução. Li os títulos e chamei o José Rodrigues. Quando o Horácio chegou estava eu ao meio do noticiário. Passei-lhe a bola e ele “marcou o golo”. Tínhamos ganho o dia. Na segunda-feira, foram os mais críticos, entre eles Maria Luísa (Directora-Geral), a baterem-me no ombro.
De lá em diante o Horácio sentiu a necessidade de me formar no que ele mais sabia: Ler noticiários. Apostou em mim e eu aderi.
Por isso, sou hoje “a voz” que sou por culpa dele. A minha homenagem (in vita).
Luciano Canhanga
1 comentário:
Achei interessante (curiosa) a forma como começaste a falar. E não menos interessante o que te disse o Mateus.
K.E.
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