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terça-feira, julho 25, 2006

A FORÇA DA RAZÃO EM VEZ DA RAZÃO DA FORÇA



Está comprovado que por mais que as armas gritem, é sempre o grito dos homens que prevalece.
Há muito que vinha assistindo milhentas deserções, por ganância, de elementos bem colocados ao lado do MPLA ou mesmo na UNITA e noutros partidos da oposição, com cordão umbilical ou outros laços em Cabinda.

A razão era única, apanhar o arrastão da propalada independência de Cabinda. Eram homens que diziam determinadas coisas nos seus partidos e nos gabinetes ou ministérios angolanos e faziam/diziam outras nas conversas em língua ibinda com seus conterrâneos nas densas matas do Maiombe. Homens que “obrigavam”o governo a fazer a paz, enquanto nos discursos camuflados, em casa, encorajavam as FLEC’s ao apertar do gatilho.

Como a força da razão sempre se sobrepôs à razão da força, eis ai o entendimento. O cessar-fogo com as forças armadas no enclave, representadas pelo Fórum intercabindês para o diálogo, já está em vigor e no próximo dia 1 de Agosto o Namibe vai testemunhar a assinatura formal do entendimento.

Haja perdas ou ganhos em termos de interesses de posições defendidas pelas partes, saimos todos a ganhar. Mpalabandas, Guerrilheiros, bufos, padres, todos. Só é pena que alguns aprendizes de política cá das bandas dos Cokwes, nao sei se por quem mal ensinados, comecem a pedir na escuridão coisas de que nunca se falou antes. -Oportunismo?
Bem espero que a razão os supere como superou os mais temíveis fazedores da guerra que o país e o mundo conheceu.
Soberano Canhanga

2 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

Eu não estou de certeza tão bem informado sobre a questão de Cabinda como o amigo, mas parece-me que é preciso ter uma certa dose de desconfiança em relação ao acordo, até se ver o que é que Nzita Tiago e a sua facção vão fazer.

Acho estranho que o entendimento seja assinado no Namibe. Tão longe de Cabinda, porquê?

Anoto com agrado que o amigo chama ibinda ao idioma de Cabinda. Sempre lhe ouvi chamar fyote, mas parece-me que este nome não é correcto.

Anónimo disse...

Excellent, love it! » »