FANTASTIC! A expressão não é minha, nem serve para adjectivar o que pude ver. Apenas um letreiro que me cruzou os olhos quando percorria a cidade que se estende longitudinalmente pelo mediterrâneo, mirando de longe as homólogas europeias de França, Itália e Espanha, de quem rouba e dá a roubar o engalo, a beleza e a limpeza.
Argel tem uma marginal que conta a história de um passado berbere, colonial francês e luta pela independência conseguida à força do fuzil. Comandou a epopeia Ben Bella.
Em relação a Luanda, entre plágios e semelhanças, há também analogias. Em Argel, o comboio, paralelo à avenida marginal, é metro de superfície. As carruagens são limpas. Nas paragens há ordem e a ilustração conta história. Os capinzais recebem tratamento permanente. Os descampado de Luanda, são, em Argel, hortas para levar legumes à mesa. A cidade cresce. Vê - se. Túneis, undergrounds, novos viadutos, tijolos a desafiar em os céus, e muito mais. Os zungueiros inexistem. O mercado está regulado e formalizado. As árvores, muitas, recebem todos os dias o rei sol que obriga lentes com filtro. Há porém engarrafamentos em horas de ponta matinais e vespertinos, apesar de abundantes nós rodoviários, passagens superiores para pedestres, túneis, viadutos estradas largas (se comparadas as luandenses) e conservadas.
- Por que será? Deficiente rede de transportes públicos o que faz com que muitos tenham de se deslocar aos seus afazeres usando carros particulares?
- É e não é. Os munjahidines (antigos Combatentes) estão a promover uma manifestação e a condicionar o tráfego. É uma das causas. Porém, o congestionamento também faz parte de nossas vivencias", razão pela qual, todos os anos há novas soluções para descongestioná-lo. - Respondeu-me o jovem chauffeur.
Um simples detalhe salta à vista: enquanto eles, há muito, vêm combatendo os buracos para que os "turismos não se vejam impossibilitados de trafegar pelos buracos, os nossos pensadores do passado, alguns com passagens por Argélia de Mohamed Ahmed Ben Bella, optaram por comprar carros cada vez mais robustos e de cilindrada elevada para contornar buracos. Coisas d'aqui!
Publicado pelo Jornal de Angola, Out./2018
Argel tem uma marginal que conta a história de um passado berbere, colonial francês e luta pela independência conseguida à força do fuzil. Comandou a epopeia Ben Bella.
Em relação a Luanda, entre plágios e semelhanças, há também analogias. Em Argel, o comboio, paralelo à avenida marginal, é metro de superfície. As carruagens são limpas. Nas paragens há ordem e a ilustração conta história. Os capinzais recebem tratamento permanente. Os descampado de Luanda, são, em Argel, hortas para levar legumes à mesa. A cidade cresce. Vê - se. Túneis, undergrounds, novos viadutos, tijolos a desafiar em os céus, e muito mais. Os zungueiros inexistem. O mercado está regulado e formalizado. As árvores, muitas, recebem todos os dias o rei sol que obriga lentes com filtro. Há porém engarrafamentos em horas de ponta matinais e vespertinos, apesar de abundantes nós rodoviários, passagens superiores para pedestres, túneis, viadutos estradas largas (se comparadas as luandenses) e conservadas.
- Por que será? Deficiente rede de transportes públicos o que faz com que muitos tenham de se deslocar aos seus afazeres usando carros particulares?
- É e não é. Os munjahidines (antigos Combatentes) estão a promover uma manifestação e a condicionar o tráfego. É uma das causas. Porém, o congestionamento também faz parte de nossas vivencias", razão pela qual, todos os anos há novas soluções para descongestioná-lo. - Respondeu-me o jovem chauffeur.
Um simples detalhe salta à vista: enquanto eles, há muito, vêm combatendo os buracos para que os "turismos não se vejam impossibilitados de trafegar pelos buracos, os nossos pensadores do passado, alguns com passagens por Argélia de Mohamed Ahmed Ben Bella, optaram por comprar carros cada vez mais robustos e de cilindrada elevada para contornar buracos. Coisas d'aqui!
Publicado pelo Jornal de Angola, Out./2018