Os sinos, primeiro, anunciaram bem alto, ritmados, convidativos... Mpã, Mpã, mparãm, mpãm, Mpã, Mpã, Mpã, pã-pã-pã-pã!
Na porta de entrada, um jovem garbosamente vestido e com gestos polidos, a lembrar-me um gentleman francês, indicava à rapariga, garbosamente avermelhada no seu vestido longo e justo, os parentes e as correspondentes mesas.
- Esse é o meu tio Luciano e vem com a esposa. Leva-os à mesa dos tios.
Antes de a jovem que fazia o protocolo para os "Ver'importante parents" fazer a vênia, confirmei a saudação ao Leo com um aperto de mão e batimentos leves mas rápidos no lado do seu coração.
- Boa noite Leo. Irlanda, o Leonel é meu primo, filho do finado Gasolina, portanto, irmão do noivo. - Apresentei.
- É, por que te chamam por tio se são teus primos?
- Eu era amigo do meu tio e, se calhar, tenho autoridade de tio.
O moço que conferia os convites fez o registo e a "moça que fazia protocolo" esticou-se toda numa vênia nunca vista. Acompanhamos e dividimos a mesa com os parentes da noiva, vindos aparentemente do Huambo, a confiar nos discursos e nas localidades que descreviam.
Dudu, o primo Dumilde, barba a Pedalé, kambutice e corpice também. Até nas mawanas, o filho da tia "Enfica" ou Linda João, se parece ao finado Ministro da Defesa Pedro Pedalé. Nas nossas festas de família, é o "gajo" que cuida de impor respeito. Aliás, você vê o moço e o respeito te vem já à cabeça, tipo aquela reverência que os Kwemba (tropas) e os fugitivos da vida militar faziam ao camarada pedalé. O gajo é um kambuta que impõe respeito!
Na porta de entrada, um jovem garbosamente vestido e com gestos polidos, a lembrar-me um gentleman francês, indicava à rapariga, garbosamente avermelhada no seu vestido longo e justo, os parentes e as correspondentes mesas.
- Esse é o meu tio Luciano e vem com a esposa. Leva-os à mesa dos tios.
Antes de a jovem que fazia o protocolo para os "Ver'importante parents" fazer a vênia, confirmei a saudação ao Leo com um aperto de mão e batimentos leves mas rápidos no lado do seu coração.
- Boa noite Leo. Irlanda, o Leonel é meu primo, filho do finado Gasolina, portanto, irmão do noivo. - Apresentei.
- É, por que te chamam por tio se são teus primos?
- Eu era amigo do meu tio e, se calhar, tenho autoridade de tio.
O moço que conferia os convites fez o registo e a "moça que fazia protocolo" esticou-se toda numa vênia nunca vista. Acompanhamos e dividimos a mesa com os parentes da noiva, vindos aparentemente do Huambo, a confiar nos discursos e nas localidades que descreviam.
Dudu, o primo Dumilde, barba a Pedalé, kambutice e corpice também. Até nas mawanas, o filho da tia "Enfica" ou Linda João, se parece ao finado Ministro da Defesa Pedro Pedalé. Nas nossas festas de família, é o "gajo" que cuida de impor respeito. Aliás, você vê o moço e o respeito te vem já à cabeça, tipo aquela reverência que os Kwemba (tropas) e os fugitivos da vida militar faziam ao camarada pedalé. O gajo é um kambuta que impõe respeito!
Noutro lado estavam as "miúdas". A Fina e o barão, a Miulk e a kota dela Dilma, a minha prima "brasileira". O Dino também. Discreto, o gajo, a dar uma de kasule da Linda, mas a criar já barba de mais velho que o não deixa discreto entre os imberbes de sua idade.
Epá, família toda. Alegria toda. Todos aqui reunidos pelo Vá e noiva. O Santo João, da lavra do comandante Infeliz, apareceu também no seu fato axadrezado. Kambuta bangão, de mawanas também. Meu primo era único. E a autora principal da festa, a mãe do Vá...
- Ó Carlota Toala, estás deslumbrante minha tia. Obrigado. Muito obrigado pelos primos que tenho.
Ela, toda encabulada, minha ti'amiga, quase sem voz para as palavras que lhe vinham na mente. Agarrou-me num abraço.
- Sinta-te à vontade sobrinho. Ainda bem que não viajaste. Deu para estarmos juntos...
Insinuoso, o "didjei" músicava melodias e misturas "saborosas" , ao repasto multigostos.
- Vinde testemunhar. Vinde deleitar-vos. Vinde imitar (boa imitação faz bem)... Era o falar da aparelhagem sonora, cuspindo ritmos pelo salão.
Depois foi a vez de os nubentes fazerem - se à pista. No boda do Vaticano foi assim.
Vaticano já é Senhor. Valdane João [Jorge Castro] está casado!
Publicado no Jornal Nova Gazeta de 4 de Outubro 2018
- Ó Carlota Toala, estás deslumbrante minha tia. Obrigado. Muito obrigado pelos primos que tenho.
Ela, toda encabulada, minha ti'amiga, quase sem voz para as palavras que lhe vinham na mente. Agarrou-me num abraço.
- Sinta-te à vontade sobrinho. Ainda bem que não viajaste. Deu para estarmos juntos...
Insinuoso, o "didjei" músicava melodias e misturas "saborosas" , ao repasto multigostos.
- Vinde testemunhar. Vinde deleitar-vos. Vinde imitar (boa imitação faz bem)... Era o falar da aparelhagem sonora, cuspindo ritmos pelo salão.
Depois foi a vez de os nubentes fazerem - se à pista. No boda do Vaticano foi assim.
Vaticano já é Senhor. Valdane João [Jorge Castro] está casado!
Publicado no Jornal Nova Gazeta de 4 de Outubro 2018
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