- Hei, atenção! Vem carro em alta velocidade na tua direcção.
Não era, não senhor. Simples. O susto seguido de SOS se deveu ao sentido de orientação do trânsito rodoviário, processado no lado oposto ao nosso.
Quem não está habituado, pode ter o coração aos pulos, no primeiro impacto. Refeito do susto, adentramos a cidade. Os territórios encravados (sem mar) têm uma forma própria de ser e estar. A cidade fundada em 1905 por britânicos comandados por Cecil Rodhes não foge à regra. Amplos espaços verdes entre avenidas e instalações habitacionais e ou repartições públicas, limpeza a condizer e ordem, acima de tudo.
- A existência da pena perpétua e pena de morte até há três anos fizeram com que houvesse ordem e moralização. Aqui, conta o angolano residente, "um olhar masculino, se mal interpretado pela destinatária, pode levar à cadeia. Por isso, mwangolês, prudência nos actos". - Recomendou preventivo.
A cidade não tem os "apalpa céus" das cidades litorâneas como Luanda. Tem apenas uns poucos que se contam os andares sem buscar fôlego. Mas em termos de jardins, jardinagem, higiene, limpeza e moralização dos munícipes para cuidar o bem público são eles que arranham os céus da boa cidadania.
Como qualquer outro povo, os cerca de 17 milhões de zambianos têm também suas fraquezas. Bem, fraqueza e pontos fortes que dependem de quem julga e da pauta que orienta o juízo. Esse juiz acha-os "fracos" em ter carne tenrinha e em abundância a bom preço. Um "T-bone" com xima custa metade um terço do que custaria em Luanda. O mesmo dir-se-ia de outras carnes menos comestíveis, provenientes do vizinho Zimbabué. O consumo de álcool é desincentivado. As festas têm regra. Fazer barulho a céu aberto e por tempo prolongado só pode ser obra de um atrevido destemido. O dinheiro, ao que vi e ouvi, não fala todas as línguas. O Kwacha é mais ou menos estável, perto de $11 por cada dólar, e há bom tempo que não se recordam do exibicionismo de outras paragens conhecidas na África lusófona austral.
Dois anciãos, um homem e uma mulher, são tidos como símbolos da moralidade e da manutenção dos bons costumes. Um é o primeiro presidente, o grande father Kenet Kawnda. Outra é a vice-presidente do Mr. Edgar Lungo, a Senhora Inonge Wina. E os angolanos que conheci em terras de Kawnda perguntavam "como é que o presidente da República, em vez de pegar um jovem como coadjutor, foi logo encontrar uma velhota?"
Simples. So simple. Se você quer coadjutor que aconselhe, que possa dizer "chefe/filho não vá por esse caminho, vá por aquele outro", encontre quem tenha autoridade moral para o efeito. Queres quem só diga "o chefe está certo?" Pegue um puto da libaju que só queira e saiba conjugar o verbo ter. É como percorrer distâncias. Se é para andar rápido, vá sozinho. Porém, se for um caminho distante e em segurança, só acompanhado!
Não era, não senhor. Simples. O susto seguido de SOS se deveu ao sentido de orientação do trânsito rodoviário, processado no lado oposto ao nosso.
Quem não está habituado, pode ter o coração aos pulos, no primeiro impacto. Refeito do susto, adentramos a cidade. Os territórios encravados (sem mar) têm uma forma própria de ser e estar. A cidade fundada em 1905 por britânicos comandados por Cecil Rodhes não foge à regra. Amplos espaços verdes entre avenidas e instalações habitacionais e ou repartições públicas, limpeza a condizer e ordem, acima de tudo.
- A existência da pena perpétua e pena de morte até há três anos fizeram com que houvesse ordem e moralização. Aqui, conta o angolano residente, "um olhar masculino, se mal interpretado pela destinatária, pode levar à cadeia. Por isso, mwangolês, prudência nos actos". - Recomendou preventivo.
A cidade não tem os "apalpa céus" das cidades litorâneas como Luanda. Tem apenas uns poucos que se contam os andares sem buscar fôlego. Mas em termos de jardins, jardinagem, higiene, limpeza e moralização dos munícipes para cuidar o bem público são eles que arranham os céus da boa cidadania.
Como qualquer outro povo, os cerca de 17 milhões de zambianos têm também suas fraquezas. Bem, fraqueza e pontos fortes que dependem de quem julga e da pauta que orienta o juízo. Esse juiz acha-os "fracos" em ter carne tenrinha e em abundância a bom preço. Um "T-bone" com xima custa metade um terço do que custaria em Luanda. O mesmo dir-se-ia de outras carnes menos comestíveis, provenientes do vizinho Zimbabué. O consumo de álcool é desincentivado. As festas têm regra. Fazer barulho a céu aberto e por tempo prolongado só pode ser obra de um atrevido destemido. O dinheiro, ao que vi e ouvi, não fala todas as línguas. O Kwacha é mais ou menos estável, perto de $11 por cada dólar, e há bom tempo que não se recordam do exibicionismo de outras paragens conhecidas na África lusófona austral.
Dois anciãos, um homem e uma mulher, são tidos como símbolos da moralidade e da manutenção dos bons costumes. Um é o primeiro presidente, o grande father Kenet Kawnda. Outra é a vice-presidente do Mr. Edgar Lungo, a Senhora Inonge Wina. E os angolanos que conheci em terras de Kawnda perguntavam "como é que o presidente da República, em vez de pegar um jovem como coadjutor, foi logo encontrar uma velhota?"
Simples. So simple. Se você quer coadjutor que aconselhe, que possa dizer "chefe/filho não vá por esse caminho, vá por aquele outro", encontre quem tenha autoridade moral para o efeito. Queres quem só diga "o chefe está certo?" Pegue um puto da libaju que só queira e saiba conjugar o verbo ter. É como percorrer distâncias. Se é para andar rápido, vá sozinho. Porém, se for um caminho distante e em segurança, só acompanhado!
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