Translate (tradução)

sexta-feira, março 28, 2014

OS CINEMAS DOS MEUS MATINÉES

Passei pelo antigo Ngola Cine. Já era. Depois das suas sucessivas adaptações em local para cultos religiosos, armazém comercial e outras utilidades sempre fora do objecto pelo qual foram concebidas as instalações, ei-lo prostrado, totalmente danificado, implorando por um cérebro atento ao seu objecto social, legado histórico e aos novos tempos.
É obvio que os cinemas mono-funcionais do século passado, com uma administração tradicional e estática, ja não atendem as exigências de hoje em que a digitalização é um recurso imprescindível. Porem, sendo os cinemas importantes espaços de recreação, aprendizagem e lazer, por que não uma gestão inovadora dos espaços, conferindo-lhes valor agregado? Restaurantes ao bolso dos circunvizinhos, salões de cabeleireiro e estética, jogos interactivos, lojas de conveniência, cafés e charcutarias, espectáculos de teatro, dança e música, entre outras valências, podem dinamizar as velhas salas de cinema que devem também passar de espaços abertos a fechados. A par disso, devem ainda, onde seja possível, serem criados espaços para estacionamento, facilitando assim a vida dos utentes.
 
Cinemas como Ngola, Kipaka, S. Joao, S. Domingos, Tivoli, Korimba, África, Kilumba, etc., em Luanda, são exemplos de casas que já deram alegrias a muitas gerações e que estão neste momento inoperantes e ou transformados em outras coisas fora do escopo cultural e da exibição de películas.
Quem me dera voltar ao Ngola Cine e assistir ao filme "Njinga a rainha de Ngola"?!

Sem comentários: