No dia 26 de Fevereiro de 2014 a minha mulher dirigiu-se ao cartório notarial de Viana para reconhecer um documento. Encontrando um espaço vazio para estacionar (o que em Luanda não é fácil), reparou se havia algum sinal de proibição e, não havendo, estacionou e dirigiu-se ao edifício.
Tratada a diligência, vê, com espanto, que o carro não estava no lugar em que o deixou. Atónita, perguntou aos transeuntes o que se passara, tendo estes explicado que a fiscalização de Viana, acompanhada de polícias, tinha rebocado o carro, levando-o a um parque que fica nas imediações da rádio da UNITA.
A única justificação que pôde colher foi a de que “é próximo da casa protocolar e a senhora tem de pagar KZ 50 mil para resgatar o carro”.
Aflita, ligou a informa-me sobre o sucedido, ao mesmo tempo em que jurava de pés juntos que “no local não há nenhum sinal de proibição”, algo que se veio a confirmar do próprio administrador, o Cda. Zeca Moreno.
- Vai ao administrador, ainda que tenhas que pernoitar na casa dele. Se não há proibição para estacionar, ele tem de resolver isso. – Orientei, ao mesmo tempo que fazia outras diligências junto de amigos. Primeiro certificando-me sobre a existência ou não de sinais de proibição de transito no local, e depois solicitando auxilio de quem pode.
Confesso que em países normais, onde os instrumentos reguladores funcionam, onde as leis estão escritas e não estão na cabeça do polícia ou do fiscal, isso seria dispensável.
A mulher acatou a minha orientação e foi ao encontro do Camarada Zeca Moreno. Explicou o sucedido e o edil confirmou que “não há sinal proibitivo, nem nada que leve à remoção de veículos não infractores”. Seguidamente, baixou orientações ao director do parque para a devolução do carro.
Agradeço e elogio, nesta crónica apressada, a atitude do administrador de Viana que não titubeou em corrigir a truculência dos polícias e fiscais da municipalidade que dirige. A esses, destaco aqui o Sr. Fernando Binge, que obrigou a minha mulher a um segundo recurso ao administrador Zeca Moreno de quem recebeu os merecidos bafos, apenas o meu desprezo.
Fiquei também a saber que o tal anda mancomunado com o proprietário do rebocador, cobrando Kz 22 mil pelo translado de viaturas, mesmo que se encontrem estacionadas em sítios permitidos. Mau trabalho!
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