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terça-feira, novembro 07, 2023

O ESTADO DAS "NOSSAS MARAVILHAS"

Entre Novembro de 2013 a Setembro de 2014 assistimos a um concurso nacional de promoção de "acidentes geográficos" passíveis de se tornarem locais de interesse turístico e dignos de memória colectiva, passando à designação de "sete maravilhas" de Angola.

Grutas do Zenzo, Lagoa de Karumbu, Quedas de Kalandula, Morro do Moku, Quedas do Cihúmbwe, Fenda da Tundavala e Floresta de Cabinda sagraram-se vencedores, entre vinte e sete finalistas.

Durante a campanha, com ampla divulgação mediática e dinheiro fresco que a sustentou, jornalistas retomados, políticos e figuras proeminentes da sociedade emprestaram seus rostos e vozes para atrair os votos, numa espécie de "gosto do Kanyanga, ele promove Kalulu, voto em Kalulu!"

Racionais ou eufóricos, votamos e foi bom. 

Mesmo não tendo sido finalista, a minha mulher pediu-me para conhecer as Cachoeiras da Binga e, acto contínuo, fomos conhecer as Quedas de Kalandula, em Malanji.

Passados 9 anos, quatro perguntas me ocorrem:

1- Que incrementos infraestruturais tiveram as sete "maravilhas" de Angola?

3- Que quantidade de turistas recebe anualmente cada uma destas "maravilhas"?

3- A par da contemplação visual, há preservação da fauna e flora, podendo ser outros atractivos?

4- A Table Mountain (Cape Town), por exemplo, é um parque nacional. Como vamos nós (Angola) em relação a esta matéria nas nossas "sete maravilhas"?

1 comentário:

Unibet disse...

Sua postagem é uma obra-prima brilhante! Esclarecedora, bem articulada e verdadeiramente valiosa. Obrigado por compartilhar sua perspectiva.