Embora sejam úteis ao meu trabalho, os meus óculos não têm história. Ganham, agora, a sorte de ter uma estória (escrita e publicada).
Usei uns sem graduação, quando era teeneger, abandonando-os na primeira esquina da juventude, quando o culturismo ocupava parte do pouco tempo livre.
Depois, surgiu a necessidade ingente de renda e, de desempregado, passei a ter (quase) invariavelmente dois ou mais patrões.
A entrar para a fase adulta ou juventude plena (ainda), a exposição prolongada ao écrã do computador (deduzo) ter-me-á levado à primeira consulta de optometria e oftalmologia. Houve ainda um interregno, depois de quatro a cinco anos de uso de lentes correctivas. Porém, hoje, depois do telefone celular, os óculos são o meu segundo objecto de preocupação imediata e permanente.
Passemos a Madiba.
Cada detalhe, cada objecto da vida de um líder com a grandeza de Nelson Mandela ou Agostinho Neto pode ser transformado em motivo de atracção turística.
É sabido que os angolanos, representados pela Direcção do MPLA, negaram-se em receber os restos mortais do "guia imortal" sem os seus óculos, tendo, ao que se diz, a urna funerária voltada à União Soviética (Setembro de 1979) para a colocação dos óculos e permitir que o cadáver embalsamado fosse facilmente reconhecido como o de Agostinho Neto que sempre se apresentou em público com os seus pesados óculos.
Vejamos, por exemplo, como a China, noutra latitude, faz para fomentar o turismo interno, fazendo réplicas de monumentos de outros países.
Uma réplica da Torre Eiffel pode ser vista em Tianducheng, ao passo que Xangai tem cópias da Torre (inclinada) de Pisa e Thames Town. A Florentia Village pode ser visitada em Wuqing e Hallstatt, em Huizhou.
_ Podemos copiar o monumento com a réplica dos óculos de Mandela e termos também na nossa Marginal de Luanda um local com os "Óculos de Neto"?
Acredito piamente que é possível!
Sem comentários:
Enviar um comentário