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terça-feira, julho 01, 2014

SEGURO OBRIGATÓRIO: UMA "KIBYONA" DE MESTRE?

 
Até agora ouvi tanto mas todas explicações sobre a obrigatoriedade do seguro automóvel contra terceiros passaram ao largo. Ninguém me convenceu.
Entendo que o mercado tem de estar regulado e normalizado. Os culpados pelos sinistros têm de transferir a responsabilidade do ressarcimento às seguradoras... É assim que se opera noutros países e Angola não pode ser ilha num mundo global.
 
Porém, dizer que "querem diminuir os acidentes e os congestionamentos com a obrigatoriedade do pagamento do seguro automóvel" é conversa para boi dormir. Sejam directos. Digam que querem ir ao bolso do cidadão, que não tem transportes públicos fiáveis e em condições e forçado a comprar carro para chegar ao serviço, para engordar bolsos de particulares embora o Estado arrecade algum dinheiro com o pagamento de impostos por parte das seguradoras. Digam que querem ver todos de joelhos e de rastos. Como é que chegarão ao serviço os moradores do interior dos bairros do Osso, Nguanhã, Fu-Bu,  Mundial, Kasumuna, Caop-Cacuaco, Honga, etc.? Mesmo que os queiram ver todos  "maconizados, turizados e teculizados" haverá já transportes em quantidade e qualidade a circular por todas as ruas de Luanda? Inventem outra e não venham com falácias.
 
Os verdadeiros argumentos são: os donos das seguradoras estão sem kumbu e o Estado pode recolher mais impostos, dando lufada de kwanzas a esse sector da economia.

E, a propósito, qual será a próxima? Privatização das rodovias?

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