Já lá se foi o tempo em que os jornalistas (eu incluído) confundiam, nos seus discursos, o ALUGAR e o ARRENDAR, como se fossem sinónimos perfeitos.
Com as correcções, as leituras e a iluminação académica, muitos se foram dando conta que: alugam-se bens móveis (carros, mobílias, vestuários, etc.) e arrendam-se bens imóveis (casas, terrenos, lojas, etc.).
O texto publicitário encaixa-se nos que se posicionam entre o texto literário e o não-literário. É para-literário e admite, por isso, desvios à norma.
O que me preocupa não é o anúncio duma grande superfície comercial em Luanda que pede às pessoas para "alugarem lojas" naquele espaço. É o avolumar de pessoas bem posicionadas que nos seus discursos, orais e escritos, vão "alugando casas" e, eventualmente, "arrendando carros".
Citando os TUNEZA, "a Língua Portuguesa é difícil, mas aprende-se"!
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