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quarta-feira, junho 04, 2014

O RODAPÉ DE MALAVOLONEKE E O BBA

Confesso. Não sou telespectador do BBA e não o assistirei tão cedo. Vou apenas lendo as críticas e adulações que se fazem ao programa e seus AUTORES/ACTORES através das redes sociais e hoje do Semanário Angolense, pág. 21, edição de 31 Maio/2014.
Discordei ontem (03.04.2014) com Celso Malavoloneke, num post no face book, sobre a "(im) pureza" da sua Católica. Cortês, CM não entrou em biffes comigo, o que encarei como acto de elevação.
 
Lido o seu rodapé no SA acima citado, e cujo raciocínio subscrevo, aliás, já emiti alguns palpites nessa direcção, reproduzo, nesta tribuna, algumas de suas passagens.
“…  A imagem que passa é que essa é a cultura  das elites de Angola e dos seus rebentos: Um imediatismo desolador, onde sexo se confunde com amor; o dinheiro com a felicidade e a ostentação com status…”
“… Como quereríamos ter conversas culturalmente elevadas se ao fim do ensino secundário os alunos não sabem ler nem escrever correctamente? Nem falar o Português que é suposto ser a língua veicular? Nem fazer, de cabeça, a conta: três e meio menos zero vírgula cinco? Como vê-los identificados com os valores da nossa cultura se, no próprio berço familiar foram educados pela TV e suas novelas?
“… E para finalizar, cada um dos concorrentes – que nunca sequer ouviu falar de coisas como: ética, fair play, moral ou – para sermos mais terra-a-terra – vergonha, sabe que os que vão ter a pachorra de os votar são da mesma igualha. Querem ver bundas ao léu (mal) vestidas com fios dentais. Querem conversas que sancionem os próprios desvios comportamentais que querem a todo o custo, por via do dito concurso, promover a norma social. E fazem-lhes a vontade…”
“… O primeiro desafio… assenta na qualidade da Educação que deve ser rapidamente aumentada. Neste capítulo, a dita reforma educativa, onde a monodocência impera, deve ser imediatamente anulada…”.
 
CONCLUO: Há que resgatar valores. Há que revitalizar o ensino de qualidade. Já que os nossos filhos passam mais tempo a ver TV do que à conversa com os progenitores, há que promover programas televisivos que reforcem o conhecimento sobre a nossa identidade e a ciência universal. Esses sim. Programas em que impere o “tuxi a ta-la-la” e outras poucas vergonhices, só mesmo para os que nos querem impor uma Angola que nunca foi nossa. Vou engoli-los enquanto estiver vivo. Mas para suas orgias não contem comigo. Não existo!

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